Em meio a situação de quarentena que o mundo vivencia, afetando e desgastando diariamente os trabalhadores e os pequenos e médios proprietários do Terceiro Mundo, as megacorporações vêm se beneficiando enormemente da situação.
De acordo com um estudo feito pela Oxfam, cerca de 17 das 25 maiores empresas do Estados Unidos (USA) irão faturar 85 bilhões de dólares no ano de 2020, em plena pandemia global. Essa exploração absurda de mais-valia dos trabalhadores e de obtenção de superlucros não serão revertidas para os trabalhadores, nem para profissionais da saúde ou para qualquer maneira de reduzir os danos da crise, mas sim para os maiores acionistas dessas corporações, que já controlam 87% das ações corporativas do país.
O estudo também demonstra o caráter racista desta concentração de renda e de capital: de cada dez dólares de lucros obtidos durante a pandemia, mais de 9 ficarão na mão de estadunidenses brancos, ao passo que apenas 32 centavos irão para pessoas de origem preta ou latino-americana (mesmo sendo esses os mais afetados).
A Alphabet, holding que controla todas as empresas do grupo Google, registrou lucro de US$ 10,6 bilhões no 4º trimestre de 2019. Foto: Banco de Dados AND