1º de Maio em Porto Alegre rechaça escala 6×1 e sindicato pelego

As massas se concentraram às 8 horas na ponte de pedra, ponto central de Porto Alegre e marcharam em direção a uma unidade do Zaffari no centro.
Greve no 1° de maio agita Porto Alegre. Foto: AND

1º de Maio em Porto Alegre rechaça escala 6×1 e sindicato pelego

As massas se concentraram às 8 horas na ponte de pedra, ponto central de Porto Alegre e marcharam em direção a uma unidade do Zaffari no centro.

Os trabalhadores de Porto Alegre fizeram um grande ato no dia 1º de maio para exigir o fim da escala 6×1 e apoiar a greve dos funcionários da empresa Zaffari, maior rede de supermercados do estado, conhecida pela exploração brutal dos trabalhadores.

As massas se concentraram às 8 horas na ponte de pedra, ponto central de Porto Alegre e marcharam em direção a uma unidade do Zaffari no centro.

Posicionados a 100 metros do mercado, os trabalhadores articularam a entrada de jornalistas e funcionários para convocar os colegas do mercado a aderirem à greve.

O gerente da unidade e representantes do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre (Sindec-POA), contudo, assumiram o lado dos grandes burgueses e tentaram impedir a adesão dos trabalhadores.

Em resposta, os manifestantes vaiaram os pelegos e expuseram um áudio, no carro de som, de um certo “Sr. André”, que seria chefe de segurança da empresa Zaffari e braço direito da família aristocrática que controla a empresa, deixando ressoar em alto e bom tom as palavras: “Quem vocês acham que manda no Sindec hoje? É o Zaffari” e “Vocês acham que eles não vem aqui, em tempo de eleição, pedir dinheiro?”.

Apesar da sabotagem, os manifestantes se dirigiram a outra unidade do Zaffari onde realizaram novamente a agitação para que funcionários aderissem à greve.

Greve no Zaffari e Sindicato pelego

A greve é o culminar de um movimento de trabalhadores da rede Zaffari para exigir o fim das jornadas longas e exaustivas de trabalho nos supermercados, além de outros abusos como assédios, ameaças e violência por parte dos patrões contra os trabalhadores.

Pelegos tentaram desmoralizar greve, mas foram rechaçados. Foto: Captura de tela

O Sindec-POA tentou diminuir o impacto da mobilização e publicou em suas redes sociais que a greve marcada para o 1º de Maio era “fake”, que “não tinha apoio da categoria” e que eram “mobilizações que confundem e não representam os trabalhadores”. Os trabalhadores e apoiadores rechaçaram a publicação. “Sindicato fica ao lado do patrão?”, questionou um internauta. “Lamentável que a instituição que deveria representar e lutar pelo direito dos trabalhadores faça um post tão raso, desinformativo e completamente em conluio com as corporações a fim de desmobilizar as decisões do povo”, comentou outro.

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