Mais de 2 mil pessoas protestam contra corte de direitos de professores no Rio

Professores estão em greve desde a semana passada. Judiciário do Rio decretou ilegalidade da greve, mas mobilização continua.
Professores entraram na Câmara Municipal no último protesto. Foto: Henrique Coelho/g1

Mais de 2 mil pessoas protestam contra corte de direitos de professores no Rio

Professores estão em greve desde a semana passada. Judiciário do Rio decretou ilegalidade da greve, mas mobilização continua.

Cerca de 2 mil pessoas foram às ruas do centro do Rio de Janeiro hoje (3/12) para protestar contra os cortes de direitos de professores da rede municipal. A manifestação pretende adiar a votação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024, que busca calcular o pagamento de hora-aula dos professores com base no tempo de 50 minutos. O projeto reduzirá o salário da categoria sem levar em conta o tempo que os professores gastam no translado e em outras atividades laborais que aumentam a carga horária.

O projeto também promete acabar com direitos historicamente conquistados e defendidos pelos professores, como a licença especial. A licença especial, ou prêmio de assiduidade, é um período de 6 meses de licença dado a docentes que trabalham 10 anos.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) já decretou a ilegalidade do PLC 186/2024, mas os vereadores e a prefeitura do Rio seguem a avançar com o projeto.

Os professores, estudantes e manifestantes solidários com a categoria se concentraram às 11 horas na Candelária, Centro do Rio de Janeiro, e marcham em direção à Câmara dos Vereadores.

“A categoria diz que não houve negociação nenhuma, com conversas muito insuficientes na semana passada”, relata o correspondente de AND que está presente na manifestação.

Faixas na manifestação denunciam o caráter histórico dos ataques e conclamam uma greve geral. Greve de 2013 – faço parte dessa história: 11 anos depois, mesmo prefeito, mesmos problemas: violência, desvalorização e assédio!, diz uma faixa. Combater o Aumento da Jornada de Trabalho com Greve Geral!, diz outra, assinada pelo Movimento Classista dos Trabalhadores da Educação (Moclate) e Liga Operária.

No último protesto, os manifestantes conseguiram entrar no Palácio e conseguiram cancelar a agenda parlamentar do dia, em uma demonstração combativa contra o corte de direitos.

Os professores também estão em greve desde a semana passada contra os ataques à Educação. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro declarou a greve ilegal, mas os professores decidiram manter a mobilização.

RJ: Educadores da capital aprovam continuidade da greve apesar de ameaças do Tribunal de Justiça  – A Nova Democracia
A assembleia ocorreu um dia após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e a prefeitura declararem a ilegalidade da greve, sem qualquer julgamento.
anovademocracia.com.br

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