A Força Municipal de “Segurança Pública”, nome dado pela prefeitura de Eduardo Paes (PSD) para a Guarda Municipal armada, terá 4,2 mil homens armados até 2028, segundo uma entrevista do prefeito reacionário ao jornal monopolista O Globo.
Na entrevista, Paes disse que a principal atribuição da força será combater roubos de rua. Contudo, uma grande preocupação é a atuação dos policiais de Paes contra as massas populares em geral, e em particular os vendedores ambulantes, que são alvos constantes da repressão da Guarda Municipal.
Nos últimos anos, Paes virou um inimigo conhecido dos ambulantes do Rio, principalmente depois do plano de expulsão de centenas desses camelôs da Uruguaiana, um ponto tradicional de venda informal na cidade. Os ambulantes fizeram várias manifestações no Centro do Rio contra a medida.
Eduardo Paes também fez remoções violentas de feiras tradicionais da cidade, como a Feira de Acari. Os feirantes protestaram contra a medida, mas foram reprimidos pela Polícia Militar (PM).
A criação da Força Municipal aponta para mais um órgão repressivo que será usado pela Prefeitura para reprimir o povo na luta pelos direitos políticos e econômicos.
Paes quer nacionalizar o plano. “Esse é um dos motivos (a “crise da segurança pública no Rio”) para eu estar assumindo a Frente Nacional de Prefeitos: quero nacionalizar esse debate para que as tarefas de estados e municípios fiquem bem claras. “, disse Paes.