Com 55% de desaprovação, governo segue em baixa em março

Ao considerar diferentes níveis de aprovação e desaprovação, somente 27% consideram o governo ótimo ou bom (eram 34%) e 41% avaliam como ruim ou péssimo (eram 34%).
Foto: Evaristo Sá/AFP

Com 55% de desaprovação, governo segue em baixa em março

Ao considerar diferentes níveis de aprovação e desaprovação, somente 27% consideram o governo ótimo ou bom (eram 34%) e 41% avaliam como ruim ou péssimo (eram 34%).

55% dos brasileiros desaprovam a gestão de Luiz Inácio (PT), um aumento de 9% em relação a dezembro, segundo uma nova pesquisa Ipsos-Ipec divulgada hoje (13/3). Por outro lado, o número de brasileiros que aprova a gestão caiu 7 pontos percentuais, atingindo a marca de 40%.

Ao considerar diferentes níveis de aprovação e desaprovação, somente 27% consideram o governo ótimo ou bom (eram 34%) e 41% avaliam como ruim ou péssimo (eram 34%).

Isso significa que houve um crescimento de 7% na avaliação negativa e uma queda da mesma intensidade na avaliação positiva em relação a dezembro de 2024.

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Os dados da pesquisa foram coletados pelo instituto entre os dias 7 e 11 de março. Os analistas fizeram 2 mil entrevistas em 131 municípios brasileiros.

A avaliação negativa é maior entre os que têm escolaridade mais alta (48%), quem declara ter votado em Jair Bolsonaro na eleição de 2022 (72%), aqueles que têm renda mensal familiar superior a cinco salários mínimos (59%) e evangélicos (52%).

Mas a avaliação positiva não é alta entre aqueles que declararam ter votado em Luiz Inácio em 2022 (52%), moradores da região Nordeste (37%), menos escolarizados (36%), quem tem renda familiar de até 1 salário mínimo (34%) e católicos (34%). A desaprovação subiu 12 pontos na região Nordeste, de 31% para 43%. A região, com ampla concentração de massas pobres e camponeses sem terra, sempre foi considerada um ponto de apoio pelo oportunismo petista.

A pesquisa confirma a tendência já apontada em fevereiro pelos institutos DataFolha, Ipec e Genial/Quaest.

Na época, o AND analisou como a inflação dos alimentos e da energia elétrica, a ausência de uma política de entrega de terras, os cortes na Educação, Saúde e programas assistencialistas e o descompromisso em atender os interesses das massas mesmo naquilo que foi promessa de campanha, como a revogação da contrarreforma trabalhista, foram todos pontos que minaram a credibilidade do governo oportunista de Luiz Inácio.

Nos últimos dias, o Dieese revelou que a cesta básica aumentou em até 4,4% no Brasil, enquanto a inflação cresceu 1,31% com o aumento de itens básicos como ovos, café e energia elétrica. As maiores altas foram nos ovos, que subiram 15,38% em relação ao mês de janeiro, e na energia elétrica residencial, que registrou alta de 16,8%, o maior aumento mensal desde 2003. Além disso, o café moído subiu 10,77%.

A manutenção da baixa de popularidade em março mostra que os anúncios de investimentos em programas assistencialistas, como a Farmácia Popular e o Pé-de-Meia, ainda não foram suficientes para retomar um apoio ao governo de turno. Em outras palavras, a desmoralização do governo de Luiz Inácio pode estar mais sedimentada do que o mandatário pensou, e mesmo entre aqueles que o apoiavam.

O AND também vem pontuando como a baixa na popularidade do governo é resultado do fracasso da política oportunista de falsa esquerda. E que a aplicação deste programa de direita, mas com um discurso de falsa esquerda, fortalece o bolsonarismo. Por isso mesmo, “seria um grande erro dos democratas e revolucionários verem no apoio ao governo uma saída para o perigo reacionário que se apresenta agora. Este governo é parte do processo de pavimentação do perigo de reação extremista, fascista e golpista”, conforme disse o Diretor-geral e Editor-chefe de AND em um programa A Propósito recente.

“Diante desse cenário, o caminho é mobilizar as massas populares para que elas, na mobilização, consigam perceber que os fascistas, os golpistas, são seus inimigos. E que a saída é construir um caminho independente para a conquista dos direitos econômicos e políticos”, concluiu ele, na ocasião.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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