Revoltosos quando saíam presos do 3º Regimento de Infantaria da Praia Vermelha
23 de novembro de 1935 – Instaurou-se nesse dia o primeiro governo popular revolucionário da história do país por meio do Levante Popular Armado de 1935.
A sublevação dos soldados, cabos e sargentos do 21º Batalhão de Caçadores em Natal, no Rio Grande do Norte, foi a primeira de um conjunto de gloriosas revoltas que conformaram o levante, tudo sob a bandeira da Aliança de Nacional Libertadora (ANL) dirigida pelo Partido Comunista do Brasil (P.C.B).
As rebeliões conquistaram rapidamente o apoio das massas populares, que uniram-se aos rebelados durante os quatro dias do Levante.
Após combates violentíssimos, os revolucionários são derrotados por insuficiências. Dentre elas, o fato de não ter mobilizado, organizado amplamente o campesinato (inclusive militarmente) subestimando sua força, e o fato de ter superestimado o apoio dos praças dentro das fileiras das Forças Armadas. Ao seu fim, praticamente toda a direção do P.C.B é presa, além de figuras históricas como os comunistas internacionalistas Arthur Ewert (nome de guerra: Harry Berger) e Olga Benário, que foram assassinados depois dos acontecimentos.
Segundo o Núcleo de Estudos do Marxismo-Leninismo-Maoismo, apesar da derrota, o Levante Popular Armado de 1935 contribuiu de maneira inestimável para a Revolução Brasileira, pois expressou, pela primeira vez na história do país, o verdadeiro caminho para a conquista do poder e libertação das massas populares: o abandono das ilusões constitucionais a luta armada revolucionária sob a direção do Partido Comunista.