O USA é culpado de alguns dos maiores crimes contra a humanidade já há 135 anos: o genocídio filipino na guerra de 1889-1905, que vitimou 1.4 milhões de pessoas, 10% da população do arquipélogo, como forma de punição coletiva pela resistência às aspirações colonialistas; o genocídio do povo coreano na invasão de 1950, que matou entre 1.8 e 4.5 milhões de pessoas, números que podem representar até ⅓ da população de então, em uma guerra contrarrevolucionária; o Massacre de My Lai no Vietnã em 1968, em que mais de 500 civis desarmados foram mortos de uma única vez, bem como o assassinato de, possivelmente, mais de 2 milhões de vietnamitas na totalidade da guerra iniciada pelos ianques, número que sobe para 7.8 milhões considerando as mortes no Laos e Camboja, e a condenação de mais de meio milhão de bebês a nascerem com defeitos congênitos em razão do uso do herbicida “Agente Laranja” como arma química por todo o país, cujos efeitos ainda são sentidos, também em uma guerra contrarrevolucionária; a coordenação, apoio, auxílio militar direto e cobertura política do genocídio do povo indonésio e do Timor Leste pelo ditador-fantoche anti-comunista Hadji Mohamed Suharto, que reclamou a vida de no mínimo 1.3 milhões de pessoas; o assassinato de mais de 600 mil iraquianos como resultado da invasão, as mais de 5 mil crianças mortas por mês como resultado das sanções econômicas impostas ao Iraque e também as 400 toneladas de urânio empobrecido deixadas no país, em uma agressão para consolidar seus interesses na região; o assassinato de quase 400 mil iemenitas e a condenação de mais de 20 milhões a fome, doenças e miséria sob a coordenação ianque dos agressores sauditas e do Emirados Árabes Unidos, para dar cabo da revolta popular. Esses são apenas alguns exemplos. Desde a Segunda Guerra Mundial imperialista e em contextos de guerra ou como decorrência de guerras, estima-se que o USA esteve por trás da morte de 20 a 30 milhões de pessoas, seja diretamente ou provendo cobertura e coordenação militar e política, sem contar conflitos mais recentes como a guerra contra o povo iemenita.
Por inegável que seja o sadismo, o imperialismo ianque não fez ou faz nada disso (apenas) por ser a personificação do mal no mundo. Fosse com o objetivo de submeter as Filipinas e torná-la em semicolônia, de estancar o crescimento do comunismo na Ásia, de manter as garras imperialistas aferradas contra o Vietnã após a derrota do fascismo e imperialismo pela resistência popular, de controlar o Oriente Médio Ampliado, suas riquezas naturais e vias de transporte marítimo e de submeter seu povo indômito, de reimpulsionar por meio da guerra a sua agonizante economia e encher os bolsos de monopólios ianques como a Dow Chemical ou a Halliburton, todas as atrocidades tiveram um fim: garantir os interesses da superpotência hegemônica única, inclusive contra outros países imperialistas. A embaixadora ianque na autointitulada Organização das Nações Unidas (ONU), em entrevista de 1996, questionada sobre o genocídio de mais de meio milhão de crianças no Iraque em decorrência das sanções contra o país, não corou ao dizer que “o preço vale a pena”. O que o imperialismo, especialmente o ianque, compra com a vida de milhões de pessoas, se quisermos falar apenas dos mortos em guerra, se excluirmos das contas os outros bilhões de oprimidos, condenados da terra, submetidos constantemente à agressões militares e políticas econômicas carniceiras, é a sua própria sobrevida. As vidas dos já quase 30 mil palestinos, uma maioria gritante de mulheres e crianças, mortos pelo Estado sionista, armado, municiado, financiado, auxiliado militarmente e acobertado politicamente pelo USA, as vidas dos mais de 60 mil feridos e dos 2 milhões em Gaza sofrendo com doenças, fome e sem casas para morar em decorrência dos bombardeios contra áreas residenciais, que também atingem hospitais e todo tipo de abrigo para deslocados, jogando-os às ruas, as vidas daqueles que têm até mesmo a insuficiente ajuda humanitária enviada bombardeada pelas Forças de Ocupação ou barrada pelo Estado sionista e por colonos criminosos que fariam inveja à Schutzstaffel (SS) nazista, a vida dos já mais de 25 mil órfãos palestinos, a renovação do bombardeio contra um Iêmen ainda mergulhado na crise fabricada pela agressão imperialista, tudo isso também “vale a pena”, de acordo com os inescrupulosos imperialistas, para manter de pé essa carcaça podre e caquética, bem representada na figura do criminoso de guerra balbuciante Joseph Biden. As organizações que se reclamam defensoras dos “direitos humanos”, por sua vez, compartilham da opinião e não adotam qualquer medida efetiva para condenar de forma minimamente substancial seja o lacaio sionista seja o amo ianque, o mesmo ocorrendo com os oportunistas, uma vez que estão completamente submetidas aos interesses imperialistas, que não são mais que sepulcros caiados.
Pode o fascismo ressurgir?
Alguns acadêmicos de (por vezes questionável) renome gastaram muito tempo se perguntando como o fascismo veio a ser o que foi, como ele foi amplamente aceito etc. Tais questionamentos levaram não poucos deles a uma rota oblíqua de pensamento. Não é a psicologia freudiana que explica a mentalidade do fascista ou a tendência ao fascismo, nem mesmo é possível reduzir o fascismo a uma “cicatriz da democracia”, falida e mentirosa sob o velho Estado. O fascismo é uma imposição, em relação ao povo, ao mesmo tempo que é uma necessidade das classes dominantes na era de sua decadência. Ele não é uma mera resposta, porém, à iminência da derrota da burguesia, que volta tranquilamente para sua casa após essa conseguir se reerguer, que é derrotado ou tornado obsoleto pelo pacifismo, muito menos uma excrescência incomum do capital monopolista. Muito pelo contrário, ele é mantido intacto e pronto para servir de batalhão de choque do imperialismo novamente sempre que necessário, e o faz precisamente sob a cobertura dos mantenedores do regime demoliberal, oportunistas ditos de “esquerda” e “moderados” da direita tradicional igualmente. Não poderia ser de outra forma, pois a violência é a tendência geral do imperialismo, está em cada uma de suas linhas: a militar, a econômica, a política e a ideológica. O USA hoje representa a cabeça dessa violência. Dos empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) aos “investimentos” na “proteção” da Amazônia, da disseminação de doenças na África à guerra “às drogas”, das operações secretas da agência de “inteligência” ianque CIA aos massacres desavergonhados contra civis, aqueles em que sujam as mãos e aqueles em que armam organizações e governos contrarrevolucionários e fantoches para fazer seu trabalho sujo, não há nada que apele ao gosto ianque que não esteja coberto de sangue dos povos do mundo e de seu sofrimento. E os gerentes de turno das semicolônias, os politiqueiros mesquinhos de todas as siglas, bem como as classes dominantes lambe-botas, que submetem esses países e seus povos ao imperialismo, não são espectadores, são participantes diretos e partilham do jantar macabro do capital financeiro, mesmo que tenham de agir como patéticos cães sarnentos e famintos pedindo migalhas para isso.
A situação atual em Gaza, particularmente, e no mundo todo também, comprova tanto que uma nova onda de ataques contra o povo a nível mundial está por vir quanto que o imperialismo está desesperado. Não apenas a violência sionista, o genocídio do povo palestino, assemelha-se e mesmo desbanca o que foi feito pelos nazistas, sob total cobertura das potências imperialistas, também maior ainda que aquela dada pelo Reino Unido e pelo igualmente genocida Winston Churchill à Hitler, e sob coordenação da superpotência hegemônica única, como a ascenção da extrema direita, que está longe de ser um perigo passado, nos parlamentos imperialistas e das semicolônias, a criação de organizações paramilitares apoiadas, financiadas e comandadas por essa mesma extrema direita para atacar o povo no campo e na cidade e o cerceamento cada vez maior dos direitos democráticos já ínfimos das massas, como o direito ao protesto, são sinais dos tempos. No Brasil, o governo do fraco Luiz Inácio choca o ovo da serpente fascista inescrupulosamente e despudoradamente, o que todos os governos petistas fizeram através dos anos, porém em um cenário muito diferente, em que a extrema direita já conseguiu alçar um de seus líderes à presidência uma vez e mantém representação parlamentar em diversos níveis de poder, em que suas organizações paramilitares armadas já mostraram as caras e em que mesmo atentados terroristas já foram planejados contra instituições do velho Estado. Completamente submetido aos generais, os mesmos que foram agitadores e provocadores do golpismo do 08 de janeiro, nenhum deles implicado por sua participação, Luiz Inácio também abraça-se com o queridinho da extrema direita e aliado de Bolsonaro Tarcisio Freitas, governador de São Paulo e mandante da chacina do Guarujá, em 31 de junho do ano passado, que assassinou 28 pessoas, mandante também da prisão absurda de sete jovens por protestar contra o aumento das tarifas de ônibus e metrô sob a reacionária “Lei dos Crimes contra o Estado Democrático de Direito”, que supostamente teria como prerrogativa o combate ao golpismo bolsonarista. Sem qualquer esforço para retomar a insuficiente reforma agrária, Luiz Inácio também dá a mesma quantia de dinheiro que o gerente de turno anterior ao latifúndio, que em grande parte age como baluarte e financiador das aspirações fascistas no país. Em toda a América Latina, figuras como a do falastrão Javier Milei surgem ou já estão consolidadas nos parlamentos do velho Estado ou estão em vias de se consolidar, municiadas por parte das classes dominantes que temem uma nova onda de revolta popular. Outras, como a do oportunista Gustavo Petro na Colômbia, utilizam-se de discursos mentirosos para afirmar suposta responsabilização das forças de repressão na perseguição de ativistas e revolucionários historicamente, enquanto mantêm as mesmas práticas sem um pingo de vergonha. Nayib Bukele, em El Salvador, recebeu o aval ianque na farsa eleitoral do país para continuar o processo terrorista de prisão e extermínio sistemático das massas sob a desculpa de combate à criminalidade. Na Europa, a situação não é muito diferente, com a extrema direita voltando a ganhar força no parlamento alemão (devemos lembrar que nem duas décadas após o nazismo ela já havia retornado ao cenário na então Alemanha Ocidental), sob a cobertura e com acordos firmados entre defensores do fascismo e a direita “moderada”, e o direito ao protesto dos cidadãos alemães sendo reduzido a nada em prol do sionismo.
O imperialismo prepara uma nova demonstração de sua capacidade para a total e desumana carnificina, ancorado ainda, mas por um fio, no palavreado cacofônico dos “direitos humanos”, que tomou conta do discurso oficial dos embusteiros da velha ordem após a falência do sufrágio universal e de suas ilusões de igualdade e liberdade e ganhou novos contornos com o “fim da história”. Frágil e já muito minado, esse discurso irá cair feito uma fruta podre e para grande parte da humanidade, especialmente no Oriente Médio Ampliado, alvo mais atacado nas últimas décadas, já não importa. A guerra injusta, que cobre de escuridão aqueles que a promovem, porém, também os retira das sombras para os olhos do mundo. São obrigados a mostrar-se pelo que são: monstruosos, por um lado, mas fracos e pusilânimes, apoiados apenas em um poder bélico e tecnológico superior, escondendo-se por trás de bombardeios, chorando quando têm de encarar a resistência popular, afugentados como galinhas para debaixo de suas defesas bilionárias por armas de fabricação caseira e por combatentes de chinelos. E o que faz essas armas tão potentes – armas que até duas décadas atrás lançavam foguetes a apenas um quilômetro de distância e hoje demonstram a incalculável intrepidez, criatividade e conhecimento de um povo aguerrido ao atingirem as terras palestinas ocupadas e causarem pavor nos colonos em debandada cada vez maior do Estado sionista – senão os combatentes que as empunham? Eles são o próprio povo palestino. O que faz esses combatentes abnegados tão indômitos – dos mais destacados heróis das Brigadas Al-Qassam ao garoto de 14 anos que conduz uma operação de esfaqueamento e segue os passos de seu primo não muito mais velho sabendo que como ele será morto – senão a certeza de que a liberdade é conquistada em batalha? A luz jogada sobre o animalesco imperialismo em seu ritual perverso e canibal, nas reiteradas hecatombes em sacrifício ao deus do lucro, a luz que o mostra pelo que é, não pode nascer do coração das trevas nem do temor frente a ele, não pode surgir senão do luminoso caminho da luta popular. A carnificina burguesa, que aproxima-se cada vez mais do fascismo escancarado, a carnificina coordenada pelo imperialismo ianque, particularmente, é uma reação à precipitação de sua queda pela renovada pujância desse caminho.
Contradições interimperialistas e guerra imperialista
Além de tudo isso, o imperialismo de forma geral e o imperialismo ianque em particular está cercado não apenas pela luta popular que só cresce, mas encontra-se ameaçado por sua própria ganância desenfreada, pelo seu próprio caráter carniceiro e monopolista. Objetivamente, o USA está lutando também contra as ambições chinesas e russas e encontra tanto na resistência do Oriente Médio Ampliado uma pedra descomunal em seu caminho para assegurar sua hegemonia na região quanto um entrave para garanti-la no Extremo Oriente. A “normalização” com o Estado sionista, já garantida e tida como fato dado, é rechaçada agora até mesmo por governos reacionários e aliados dos ianques como o da Arábia Saudita, que exige, por medo da resposta popular caso não o faça, o reconhecimento do Estado palestino. Ao mesmo tempo, a China busca revitalizar sua economia golpeada pela crise imobiliária aumentando os investimentos em obras infraestruturais em países oprimidos e se move em torno de uma maior militarização para fazer frente ao USA, renovando suas ambições em Taiwan, território ao qual os ianques não podem dedicar, agora, total atenção, enquanto o Japão busca ampliar sua influência na região. Joseph Biden e o Pentágono não à toa, também, buscam passar pelo congresso ianque um pacote de “auxílio” que favoreça especialmente a Ucrânia, mesmo em meio aos clamores por maior apoio financeiro e militar e às picuinhas dos sionistas mais falastrões nas terras ocupadas da Palestina e do lobby sionista doméstico, que veem nas menores concessões que os ianques são forçados a fazer na Palestina em face do genocídio despudorado, da limpeza étnica declarada, uma vacilação inaceitável. As lamúrias sionistas apenas tendem a aumentar, porém. Mesmo o secretário de Estado ianque Anthony Blinken já é obrigado a admitir que sem que se curvem às exigências da Resistência Nacional Palestina, em específico a criação do Estado palestino, não será possível estabelecer um acordo de cessar-fogo, mais necessário ao imperialismo, que se verá forçado a aumentar gastos com o Estado sionista uma vez que os ataques dos combatentes palestino e do Líbano contra soldados e equipamentos das Forças de Ocupação e contra terras palestinas ocupadas, assentamentos e cidades, os ataques iemenitas contra navios que se deslocam aos portos sionistas e a fuga das galinhas dos colonos golpeiam incessantemente e causam danos substanciais para a economia israelense.
A perda de semicolônias na Europa e Extremo Oriente e da hegemonia no Oriente Médio Ampliado, esta última já muito disputada em razão da influência russa, principalmente no Irã, são duras possibilidades que a superpotência hegemônica única tem de encarar. Não muito diferente dos britânicos em relação ao próprio USA após a Primeira e a Segunda guerras mundiais imperialistas, se bem que em um ambiente de decadência para eles muito mais ominoso, os ianques já podem vislumbrar os urubus em cima de suas cabeças. Todos os acordos agora firmados entre os países imperialistas para tentar manter a “paz” não fazem mais que criar as condições para o seu inevitável fim, que já bate à porta, que é provocado e preparado pela agressão imperialista e pelas contradições interimperialistas que se amontoam e que encontra resposta na luta popular, especialmente, hoje, na Resistência Nacional Palestina. Incapaz de demonstrar sua fraqueza nesse cenário, o imperialismo ianque é forçado também a escalar os ataques contra os povos oprimidos do Oriente Médio Ampliado e regionalizar a guerra, arrastando consigo o Reino Unido e talvez, logo, toda a União Europeia (UE), enquanto as massas aumentam o rechaço e o nível das demonstrações anti-imperialistas e anti-sionistas dentro dos baluartes do capital financeiro. Várias empresas terminaram contratos com a sionista Elbit Systems por pressão popular e os seus escritórios são constantemente atacados por grupos como a Ação Palestina, enquanto boicotes são organizados pelas massas contra produtos sionistas e contra empresas apoiadoras do sionismo, causando prejuízos a monopólios como McDonalds e Starbucks. Por outro lado, o descontentamento geral com as políticas econômicas anti-povo no campo está causando uma onda de protestos que já abarca França, Bélgica, Espanha e outros países. Na Alemanha, as massas protestam contra o ressurgimento da extrema direita no parlamento. Ainda, uma organização grega denominada “Autodefesa da Classe Revolucionária” recentemente realizou um ataque com explosivos em frente ao Ministério do Trabalho na Grécia.
A situação toda é um barril de pólvora. O imperialismo, como um imbecil incendiário, tentando conter a explosão, acaba por açular o fogo que vai em direção a ele com lufadas de ar que espalham seu hálito mefítico. Em meio a uma recessão global e sob a iminência de uma crise econômica maior que a de 2008, a guerra interimperialista e mesmo uma nova guerra mundial imperialista são possíveis desenlaces da extenuação das contradições interimperialistas.
Fim das ilusões
Desde o primeiro ataque contra a Faixa de Gaza, a lápide do pacifismo imperialista, em toda sua débil e contraditória existência, começou a ser escrita e nela podemos ler: aqui jaz o “fim da história”. Se é a história viva da resistência que precipitou essa situação e dará cabo dela, se a resistência da história, da verdade histórica, é determinante para enterrar as mentiras de uma vez por todas, não é também desprezível o papel prestado pelos próprios imperialistas e seus lacaios na demonstração da discrepância entre o palavreado e as ações dos oportunistas de “esquerda” e “moderados” da direita tradicional. Enquanto opor e denunciar a carnificina burguesa, os preparadores e provocadores da guerra, não é mais que o dever de todos os democratas do mundo, expor e explorar as fragilidades dos falsos discursos que a mistificam não é menos importante. De fato, é decisivo. O oportunismo, servindo de lacaio do imperialismo, cumprindo seu trabalho sujo, também foi, está sendo e será desmascarado como ala moderada da carnificina e do fascismo em toda parte. Mesmo os monopolistas, que vacilam ainda entre mantê-lo de pé e chamar de volta à cena seu batalhão de choque nos países oprimidos, sabem disso.
Decisivo também é barrar o fascismo e a guerra imperialista, o que certamente será feito pelas massas sob a direção revolucionária. Cresce em todos os países, de todos os continentes, o sentimento anti-imperialista e em muitos deles organizações que defendem os direitos dos povos e que fazem frente à violência reacionária surgiram e estão surgindo. Em todos os demais, hão de surgir. A situação internacional aponta não apenas para uma nova época de guerras imperialistas e nem apenas para uma nova era de justas lutas de libertação nacional, mas também, e principalmente, para a eclosão de uma nova onda de revoluções a nível mundial. A revolução, que arrasta como um violento rio as fachadas dos palácios dos poderosos e desnuda a espinha dorsal da reação, é igualmente temida por oportunistas, “moderados” de direita e fascistas. A marcha fúnebre do imperialismo, em seu primeiro movimento, já ressoa nos ouvidos de todos e nas condições objetivas do mundo, tornando-se impossível fugir da verdade: a época das ilusões passou.
Este texto reflete as opiniões do autor.