Desde o dia 07 de outubro, os olhos do mundo se voltaram para o Oriente Médio quando irrompeu a “Operação Tempestade em Al-Aqsa” deflagrada pelas Brigadas Al-Qassam, organização armada da Movimento de Resistência Islâmica – conhecido pelo acrônimo Hamas1 – principal movimento da Resistência Nacional Palestina e partido governante de Gaza desde 2005, que arrastou consigo outros movimentos que compõe a Resistência Nacional Palestina como a Jihad Islâmica, Frente Democrática de Libertação Palestina e Frente Popular de Libertação Palestina e o grupo “Cova dos Leões” de Jenin. Nos primeiros dois dias, além da já esperada salva de foguetes disparados a partir de Gaza e conflitos urbanos entre palestinos e militares e paramilitares israelenses na Cisjordânia, de forma surpreendente, as forças armadas da Resistência Nacional venceram em batalha e capturaram unidades inteiras do exército israelense como conquistaram assentamentos dobrando a área sob seu controle para os arredores de Gaza, conseguindo, temporariamente, obter o controle de bases bastante próximas da Cisjordânia, ameaçando partir a entidade sionista em duas partes. Ação esta que, segundo o próprio Hamas, contou com apenas 2 mil de seus 40 mil efetivos militares. Desde muito tempo o estado de Israel não havia sofrido baixas tão numerosas, quebrando o mito da “invencibilidade israelita” da qual se alimentaram, à sua maneira, Israel e os regimes do Oriente Médio desde a década de 1980.
Como era de esperar Israel, desde então, tem bombardeado cruelmente a Faixa de Gaza, destruindo escolas, mesquitas, igrejas, hospitais e corredores humanitários, e matando, principalmente, mulheres e crianças, no intuito de reafirmar sua “invencibilidade” pelo terrorismo. Não apenas a Faixa de Gaza tem sido vítima, que já recebeu mais bombas em sete dias que o Afeganistão em um ano pelos EUA, como as áreas palestinas da Cisjordânia, a Síria, o Líbano – inclusive as bases do Hezbollah 2 – e o Egito – aliado de Israel. Os EUA, que entendeu desde os primeiros dias as ações do títere como braçadas de afogado, tratou de reforçar sua posição do sátrapa, dissuadindo os países de maioria islâmica com a presença seu porta-aviões para próximo as águas libanesas. Isso, contudo não foi suficiente para dissuadir os povos árabes e islâmicos, no Oriente Médio, África e Sul da Ásia como na diáspora, junto aos democratas de todo mundo, a elevarem em mais alto nível a bandeira da libertação da Palestina. Na “livre” Europa, mesmo diante das proibições de manifestação de apoio à Palestina, ao hasteamento da bandeira de Palestina e ao uso do tradicional keffyeh3, marcha de dezenas de milhares desafiam as proibições em Londres, Berlim, Roma e Paris. No Oriente Médio, as massas sob a consigna “Allahu Akbar“4 desafiam seus líderes capituladores a se juntarem a luta palestina na Jordânia, Iraque, Turquia e Egito. As imagens dos tanques jordanianos aglomerados na fronteira com Israel, mas apontando seus canhões para seu próprio território, em dissuasão aos seus próprios cidadãos que almejam se somar aos palestinos em sua luta contra Israel, é bem ilustrativa do quadro político no Oriente Médio.
Antecedentes
Sob a perspectiva clássica de Clausewitz, que assim como Ricardo e Marx – cada um à sua distinta ordem de grandeza – tem sua atualidade confirmada não apenas pela materialidade dos acontecimentos, como pelo coro de “refutadores” que a cada geração nos últimos cem anos se levanta para negar seus aportes à ciência, a guerra é continuação da política, como é subordinada à esta. Antes a contagem de cadáveres ou de quilômetro obtidos em frente de batalha, a vitória em uma guerra é determinada pela consecução total ou parcial dos objetivos políticos de cada um dos envolvidos no conflito. Um exemplo clássico que ilustra esse postulado clausewitziano é a Guerra do Vietnã, na qual este saiu “perdendo” em relação aos EUA em todas as “métricas” de guerra (número de mortos e feridos, mais infraestrutura danificada, batalhas/escaramuças perdidas), contudo alcançou o objetivo político do Vietnã na guerra expulsar as tropas ianques e reunificar seu país dividido desde 1954, ou seja venceu a guerra, rendendo ainda ao velho Giap o prazer de lembrar isso à um alto funcionário estadunidense em encontro posterior. Ainda hoje os EUA não admitem a derrota. Não muito diferente aliás de sua retórica no Afeganistão, onde a fuga de colaboradores dos EUA pendurados nas asas de aviões estampadas nos jornais do mundo inteiro e as toneladas de armamentos (inclusive aviões de combate) foi maquiada de “retirada”. Neste sentido ainda que a Resistência não tenha publicizado a totalidade de objetivos específicos com o início da Operação Tempestade em Al-Aqsa, pode-se supor que, mesmo com o recuo de suas forças terrestres para a Faixa de Gaza e sua incapacidade de impedir os bombardeios israelenses sobre seu território, que tem vitimando grande número de civis, no plano político ela já conquistou algumas das vitórias.
No período que antecedeu a deflagração do levante, o cenário no Oriente Médio não era favorável à causa palestina. Na colina inimiga, Israel, sob governo da extrema direita do Likud5, recrudescia sua política de apartheid e limpeza étnica com a expansão dos assentamentos na Cisjordânia Ocupada, a despeito de qualquer garantia dos acordos de Oslo. No Dar-al-Islam66 a situação não era mais favorável, além Egito, Turquia, Azerbaijão e Jordânia que há décadas já tinham relações diplomáticas com Israel, o Marrocos sob mediação de Trump em 2020 havia normalizado suas relações com a entidade sionista (que em contrapartida havia reconhecido sua anexação ilegal do território do Saara Ocidental) e outros países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão também haviam manifestado o interesse de estabelecer laços com Israel em troca de vantagens em negociações com os EUA, denunciando seu tácito abandono da causa da libertação palestina. Naturalmente, não podem admiti-lo frontalmente, pois mesmo o mais centralizador dos monarcas árabes tem sua legitimidade ancorada à defesa da causa palestina que para os povos daquela região transcende à mera solidariedade aos injustiçados, se somando uma forte identidade árabe ou islâmica compartilhada pela maior parte dos povos daquela região do mundo que se sente irmanada ao povo palestino.
Isso se torna claro, quando os territórios palestinos passam a ser atacados de forma mais sistemática após o dia 07 de outubro. Figuras distintas como o clérigo iraquiano xiita Al Sistani, Mahmud Abbas chefe da Autoridade Palestina, o “socialista árabe” Bashar Al-Assad e até mesmo a atriz pornográfica Mia Khalifa – árabe-libanesa de família cristã maronita radicada nos EUA – alteraram radicalmente suas díspares agendas para fazer coro ao clamor por justiça pela Palestina. Independente de suas convicções pessoais ou dos grupos de poder ao seu entorno, não tinham como não o fazer sobre o preço de perder qualquer legitimidade entre em suas comunidades. Foram empurrados pela ação do Hamas, cuja condição ofensiva é evidenciada pelo fato de sua ação determinar a ação dos demais agentes envolvidos direta (como Israel) ou indiretamente na contenda (os países próximos).
A Luta Final
Até o presente momento, tudo indica que a maior parte dos países do Oriente Médio evitam o escalonamento do conflito palestino assim como Israel, que necessita de concentrar o máximo de suas forças na Cisjordânia e Gaza não podendo lutar em mais frentes. Em uma analogia com o “Duas Concepções de Vida”, de Mariátegui, tanto o establishment mundial pró-israelense como boa parte dos líderes do Oriente Médio desejariam viver naqueles “tempos áureos” em que Israel guerreava em baixa intensidade contra os palestinos sem que causasse comoção suficiente para serem obrigados a vestir as carapuças de antissionistas militantes, necessárias para lidar com a população de seu próprio país. A Operação Tempestade em Al-Aqsa tornou o antissionismo morno e parlamentar impossível, como também fez o sionismo soltar sua máscara “progressista” que se vendia ao Ocidente (pró-LGBT, pró-pautas femininas e meio ambiente) para revelar sem pudor suas bases terroristas desde o Haganá.
Há aqueles que consideram que Israel planejou o conflito, no intuito de resolver a crise política interna com uma guerra externa. Hipótese sem evidências concretas, apenas corroborada pela fala – diga-se de passagem, vergonhosa – do governo egípcio que alega ter alertado Israel com uma semana de antecedência de movimentações estranhas em Gaza. Em agradecimento, Israel bombardeou pontos no Sinai e pretende empurrar dois milhões de famélicos através de suas fronteiras. Essa teoria vem sendo utilizada para àqueles que mesmo críticos ao sionismo, parecem idolatrá-lo, preferindo crer em qualquer coisa que não negue a onipotência, onipresença e onisciência das FDI e do Mossad. Apesar disso, não se pode negar que a extrema direita israelense e seu Mashiac 7Netanyahu, colecionadores de derrotas, se por um lado foram arrastados pela ação do Hamas para o recrudescimento da ação militar, por outro aproveitaram dos acontecimentos para lançar sua “Luta Final” – com tons de “Solução Final” – contra os palestinos em seus territórios remanescentes assumindo uma retórica escatológica que se vale até do Livro de Isaías: e é exatamente isso que espera o Hamas. Este movimento criou uma situação que a velha normalidade após a troca de mísseis é inadmissível politicamente para Israel.
Se o Hamas é incapaz de impedir os bombardeios aéreos de Israel e mesmo sustentar uma ofensiva mais longa por terra fora de Gaza, Israel também parece ser incapaz de impedir os ataques de mísseis em suas instalações como também eliminar a resistência palestina que atua através de uma densa malha de túneis. Diante do impasse, o governo de Israel, que a cada dia de bombardeio genocida se vê cada vez mais isolado na comunidade internacional – mesmo seus aliados tem orientado cautela visando o não escalonamento do conflito – e humilhado na política interna, vê como única alternativa para encerrar os ataques contra seu território a invasão por terra à Faixa de Gaza, que já ensaia em incursões limitadas, mas que já tão um prelúdio de uma operação em maior escala. Esta contudo se revela ainda mais complexa que a manutenção dos ataques aéreos. Apesar de não muito extensa, a Faixa de Gaza é habitada por dois milhões e cem mil habitantes e é atravessada por mais de 500 km de túneis subterrâneos. Qualquer ação por terra numa região dessas características seria longa, cara, custaria inúmeras vidas de israelenses e palestinas, além de, muito provavelmente, ser indecisa à curto prazo (o que é ruim para força ocupante, vide Israel no sul do Líbano e EUA no Afeganistão e Vietnã); em síntese um atoleiro militar, tudo que Israel e os EUA não precisam no momento.
E agora, José… aliás, Yusuf?
Diante do atual cenário como das projeções de sua sucessão, o que esperar dos líderes do Oriente Médio? A pretensa invencibilidade de Israel foi novamente manchada e sua indisposição em negociar, mesmo migalhas, com os palestinos nunca foi tão cristalina. O horizonte se afunila para àqueles que pretendiam normalizar sua relação com Israel, ao mesmo tempo que se promovem defensores dos islâmicos ou líderes do mundo árabe. De um lado o clamor de seu povo para que se tomem medidas mais radicais: rompimento de relações com Israel (no caso dos países que as tem) e seus aliados, embargo do petróleo aos mesmos e, mesmo, o envolvimento militar direto no conflito. De outro, os compromissos com os EUA e suas promessas douradas em caso de reconhecimento de Israel, as receitas do petróleo e turismo reduzidas pelo envolvimento na guerra e, principalmente, o risco de ter seu próprio povo armado, que pode ter efeitos adversos.
À revelia de seu povo, para Erdogan, é muito mais palpável a expansão territorial em direção ao norte da Síria e Chipre do que libertar Al-Quds (Jerusalém) dos israelenses, para Aliyev do Azerbaijão é melhor abocanhar outro pedaço da indefesa Armênia com apoio de Israel (que segue lhe enviando armamentos, mesmo nas últimas semanas) que se solidarizar ao povo palestino e para a maior parte das monarquias do Golfo à proximidade com os EUA é inegociável para ajudar-lhes a fazer frente ao Irã.
Por isso em que pese as falas fortes de Erdogan (aspirante à hegemonia do Oriente Médio), do rei Abdulah da Jordânia (ele próprio um hachemita, linhagem que reivindica descender Muhammad, o profeta do Islã), de Muhammad bin Salman (herdeiro do trono e governante de facto da Arábia Saudita, financiadora do movimento wahabbi8 no Islã e protetora das cidades sagradas de Meca e Medina) e do presidente da República Árabe do Egito (nome herdado com pan-arabismo de Nasser) El-Sisi, Israel sabe, que por hora, elas são mais dirigida a controlar a ira de suas populações que desafiá-lo e conservar sua legitimidade com o mesmo. Assim Israel não se vê obrigado a conceder-lhes nada, nem mesmo a passagem de suas doações em Al Rafah. Diferente é o caso com os das forças que compõe o “Eixo da Resistência9”9 alinhado ao Irã (Síria, Hizbollah, as milícias xiitas iraquianas e o governo Houthi10 no norte do Iêmen) que, ao menos, blefam melhor. Ainda que seja discutível sua entrada total no conflito, os disparos desses grupos mesmo que tímidos perante à totalidade de seu poder de fogo (bem superior ao Hamas) já fizeram algum estrago nas forças de Israel e dos EUA e as movimentações da Guarda Revolucionária do Irã1111 no Iraque e Síria são palpáveis.
Se é que haverá negociações, estas serão fruto da ação daqueles que estão dispostos a fazer algo. Por enquanto suas performances ainda não são suficientes para mudar muito o quadro da guerra. É o caso de Egito de Al-Sisi, o mesmo que alegadamente alertou Israel da ação do Hamas e tragicomicamente vem sendo alvejado por Israel, recentemente realizou uma parada exibindo seus blindados e mísseis; e na Turquia, Erdogan, o mesmo que faz parte da OTAN e realiza ataques quase simultâneos com Israel à Síria nesses últimos dias, diante de um ato com milhão pessoas exigindo a tomada de ações contra Israel por parte do governo, sugeriu que pode enviar força militar para Gaza em apoio aos palestinos.
Conclusão
Sobre a China no fim do século XIX (no meio do “Século de Humilhações”), podia-se dizer que os chineses temiam o imperador, o imperador temia os europeus e os europeus(imperialistas) temiam os chineses e no Oriente Médio a situação não é muito distinta. Israel sabe que lutar contra os palestinos é uma coisa – já difícil – lutar contra os povos unidos do Oriente Médio é outra bem diferente. A entidade sionista necessita da omissão árabe como condição existencial e nas últimas décadas tem contado com ela. Assim, tanto Israel como os EUA contam com suas lideranças políticas (mas muitas delas legitimadas na ideologia religiosa islâmica ou pan-árabe) para apaziguar um levante generalizado nessa região que representaria não apenas a derrota de Israel, como a extinção deste estado na região. Ainda na China, já em outro período ascendente, um sábio disse que Israel não enfrentava uns poucos milhões de palestinos, mas 400 milhões de árabes – na época, hoje são ainda mais.
Sabem disso as potências ocidentais e os EUA que, apesar de defenderem Israel no Oriente Médio, não estão dispostos a atiçar a fúria árabe em um conflito de maiores proporções como pretendido por Netanyahu e seus asseclas. Também sabem os líderes da Resistência Nacional Palestina que trabalham desde o início com esta importante variável para obter sucesso em sua empreitada.
Para consecução de seus objetivos políticos, para vitória desta última guerra, que por sua vez é apenas um episódio de uma guerra maior que se desenrola desde a década de 1930, a Resistência Nacional Palestina não pode contar apenas com seus efetivos militares, mas com toda população palestina e também com o apoio dos países do Oriente Médio que será conquistado através do sucesso de sua resistência contra a sanha assassina de Israel. Cada dia que Gaza ataca Israel, enquanto defende seu território das incursões genocidas sionistas, mais as massas do mundo inteiro, particularmente, as que compartilham a identidade árabe ou islâmica se encorajam a tomar ações elas próprias contra o imperialismo e arrastam seus governos vacilantes.
Esse texto expressa a opinião do autor.
Notas:
- A palavra Hamas significa em árabe: “entusiasmo”, “zelo” ou fervor” ↩︎
- Principal grupo da resistência nacional libanesa. Grupo militante de religião islâmica xiita possui uma ala paramilitar, conhecida por ter forçado a retirada de Israel do sul do Líbano em 2005 e possui maior poder de fogo que o próprio exército do Líbano, e uma ala parlamentar que compõe uma coalizão multiconfessional que ocupa atual governo libanês. ↩︎
- Lenço utilizado por uma série de povos árabes e islâmicos. Durante a revolta Árabe contra o domínio britânico e o sionismo no fim da década de 1930 se tornou um símbolo da resistência nacional palestina. 4 “Deus é grande” em árabe. Declaração de testemunho de fé islâmica. É utilizada em momentos de oração, luta, felicidade e dor. ↩︎
- “Deus é grande” em árabe. Declaração de testemunho de fé islâmica. É utilizada em momentos de oração, luta, felicidade e dor. ↩︎
- Partido da direita tradicional de Israel (para os critérios de Israel), que nos últimos anos sob a chefia de Benjamin Netanyahu vem assumindo posturas cada vez mais a extrema-direita como a caracterização de Israel como “estado judaico” (aprovado pelo parlamento israelense em 2018), o fim dos redutos palestinos e a substituição étnica destes através dos assentamentos e imigração de judeus do estrangeiro. ↩︎
- “Casa do Islã” em árabe. Na concepção geográfica islâmica seria os locais onde prevalece o Islã.
↩︎ - Messias em hebraico. Segundo as religiões abrâamicas seria o enviado de Deus que trará redenção (Salvação) ao povo e cumprirá as profecias religiosas. Para o Cristianismo e Islamismo este foi Jesus de Nazaré, ainda que divirjam sobre sua natureza (se era filho de Deus ou apenas um profeta). O Judaísmo, exceto pelo judaísmo messiânico minoritário, não reconhece Jesus como o “Mashiac” e ainda aguarda sua vinda. Alguns associam a vinda do “Mashiac” a reconstrução do Templo de Salomão no lugar onde abriga o a Mesquita Islâmica de Al-Aqsa, sagrada pelo Islã, sendo utilizada como elemento de propaganda da extrema-direita israelense para o apagamento da presença palestina naquela religião. ↩︎
- 8Corrente islâmica de interpretação mais estrita e conservadora do Islã sunita originária na península Arábica no século XVIII, rejeitando as escolas jurídicas islâmicas e interpretações tardias. Desde seu surgimento protegida pela dinastia de Saud que governa a Arábia Saudita. ↩︎
- Termo utilizado pelo governo iraniano para fomentar e descrever a aliança informal de forças políticas contrárias aos EUA e Israel no Oriente Médio, secundariamente se opondo também ao bloco das monarquias do Golfo lideradas pela Arábia Saudita e à Turquia. Historicamente combateram o Estado Islâmico do Iraque e Síria. É composta pelos estados do Irã e Síria e pelos movimentos Houthis do norte do Iêmen, o Hizbollah no Líbano e as milícias xiitas no Iraque – sendo, por vezes, acrescida dos movimentos de libertação palestina e o Emirado Islâmico do Afeganistão(Talibã).
↩︎ - Nome popular para o movimento militante “Ansar Allah”: “partidários de Deus” em árabe. do Iêmen de confissão islâmica xiita zaidita alinhado ao Irã e ao Hizbollah que disputa o poder o Iêmen desde 2015 com os seguidores do presidente Hadi (apoiado pelo Ocidente através da Arábia Saudia) e a Al-Qaeda. Com a vitória dos Houthis sobre a intervenção da Arábia Saudita (2020) e subsequente normalização das relações entre Irã e Arábia Saudita (2023) o conflito permanece congelado. ↩︎
- Nome popular para o movimento militante “Ansar Allah”: “partidários de Deus” em árabe. do Iêmen de confissão islâmica xiita zaidita alinhado ao Irã e ao Hizbollah que disputa o poder o Iêmen desde 2015 com os seguidores do presidente Hadi (apoiado pelo Ocidente através da Arábia Saudia) e a Al-Qaeda. Com a vitória dos Houthis sobre a intervenção da Arábia Saudita (2020) e subsequente normalização das relações entre Irã e Arábia Saudita (2023) o conflito permanece congelado. ↩︎