Matéria reproduzida do portal Palestine Chronicle
As Brigadas Al-Qassam, organização militar do Hamas, anunciaram na segunda-feira que a libertação dos prisioneiros israelenses detidos pelo movimento seria adiada.
Abu Obeida, porta-voz das Brigadas, explicou que o adiamento se deve às violações do acordo de cessar-fogo por parte de Israel.
Ele afirmou que as forças de ocupação israelenses não honraram os termos do acordo nas últimas três semanas, inclusive impedindo o retorno de pessoas deslocadas para o norte de Gaza e atacando-as com bombardeios e tiros.
Abu Obeida enfatizou que as autoridades israelenses também obstruíram “a entrada de suprimentos de ajuda em todas as suas formas, de acordo com o que foi acordado, enquanto a resistência implementou todas as suas obrigações”.
“A entrega dos prisioneiros sionistas, que estava programada para sábado, 15 de fevereiro, será adiada até segunda ordem, até que a ocupação cumpra seus compromissos”, declarou ele.
Em um acontecimento relacionado, Salama Maarouf, chefe do escritório de mídia do governo em Gaza, criticou Israel por fugir de suas responsabilidades sob o acordo de cessar-fogo.
Maarouf acusou Israel de manipular o protocolo humanitário, enfatizando que apenas uma pequena parte dos suprimentos de ajuda necessários havia entrado em Gaza, e nenhuma casa móvel havia sido entregue.
Ele observou que apenas 4% das tendas necessárias haviam chegado e alertou que as ações de Israel estavam exacerbando as dificuldades dos palestinos que já sofriam com 15 meses de agressão.
O protocolo humanitário, conforme relatado por fontes à Al-Jazeera, estipula que os provedores de ajuda, incluindo a ONU e organizações internacionais, devem enviar 600 caminhões de suprimentos por dia, incluindo 60.000 caravanas e 200.000 tendas para os deslocados.
O protocolo também previa a entrada de equipamentos de defesa civil e ferramentas de manutenção de infraestrutura.