Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, elogiou o Iêmen no domingo por intensificar suas operações contra Israel, após um ataque com mísseis que supostamente contornou os sistemas de defesa aérea israelenses e atingiu o Aeroporto Ben Gurion.
“Glória ao Iêmen, que está intensificando seus ataques contra o coração da entidade sionista”, declarou Abu Obeida. Ele observou que as operações de mísseis do Iêmen estão “ultrapassando os sistemas mais avançados do mundo”.
“Glória ao Iêmen, igual à Palestina, pois continua a desafiar as forças mais brutais de opressão e se recusa a ser derrotado, apesar da agressão que enfrenta”, continuou Abu Obeida.
🚨 Israeli media: US-made THAAD and Arrow missile systems reportedly failed to intercept a Yemeni missile targeting Ben Gurion Airport.
— The Palestine Chronicle (@PalestineChron) May 4, 2025
🔻 Army Radio says Israeli security officials are “very concerned.”
🔻 Channel 13: Air defense command has launched an investigation. pic.twitter.com/eUarb5p8Ml
O Movimento de Resistência Palestina Hamas também emitiu uma declaração elogiando o que descreveu como “os ataques abençoados realizados por nossos irmãos da Ansarallah e do exército iemenita nas profundezas da entidade sionista”.
O grupo disse que o ataque com mísseis ao Aeroporto Ben Gurion reflete um “firme compromisso com a causa palestina”, acrescentando: “Saudamos o povo e a liderança do Iêmen por seu apoio contínuo ao nosso povo em Gaza, que está enfrentando um genocídio”.
Abu Obeida já havia elogiado o apoio do Ansarallah à resistência palestina em Gaza, afirmando que “a Palestina e seu povo nunca esquecerão a postura de nossos irmãos no Iêmen e a determinação capaz de desestabilizar a segurança da entidade, se houver vontade”.
“Operação Qualitativa”
Os comentários de Abu Obeida foram feitos no momento em que a mídia israelense confirmou que um míssil lançado do Iêmen foi atingido perto do Aeroporto Ben Gurion, o que levou a uma investigação pelo Comando de Defesa Aérea de Israel. Mais tarde, o Ansarallah reivindicou a responsabilidade, afirmando que o aeroporto havia sido alvo de uma operação militar.

O Movimento da Jihad Islâmica também saudou o ataque, chamando-o de “operação qualitativa” das forças armadas do Iêmen visando o Aeroporto de Lod, no coração de Tel Aviv.
A Rádio do Exército de Israel citou uma fonte militar que disse que tanto o sistema de defesa americano THAAD quanto o israelense Arrow tentaram, mas não conseguiram interceptar o míssil. O impacto fez com que milhões de israelenses fossem para abrigos antiaéreos.
O Canal 12 informou que o míssil contornou quatro sistemas de defesa aérea e aterrissou nas proximidades do aeroporto, criando uma cratera de 25 metros de profundidade. A explosão foi descrita como maciça, com a ogiva sendo considerada excepcionalmente grande.
Os serviços de emergência israelenses confirmaram que oito pessoas ficaram feridas no ataque, incluindo uma pessoa em estado moderado. Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estava supostamente realizando consultas de segurança após o incidente.
Várias companhias aéreas internacionais – suíça, austríaca, australiana e outras – anunciaram o cancelamento de voos para Israel. A companhia aérea alemã Lufthansa também suspendeu seus voos para Tel Aviv.

O porta-voz militar do Ansarallah, Yahya Saree, disse que o grupo havia usado um míssil balístico hipersônico na operação, que “atingiu o alvo com sucesso”.
Ele confirmou que tanto os sistemas de defesa americanos quanto os israelenses não conseguiram interceptar o míssil e alertou as companhias aéreas internacionais para que não voassem para o Aeroporto Ben Gurion, considerando-o inseguro.
“Continuaremos a enfrentar a agressão americana e a apoiar o povo palestino, independentemente das consequências”, acrescentou Saree.
