O comerciante Elias teve sua loja, que estava em construção, destruída pelo governo na tarde de ontem, segunda-feira (13). Vendedor ambulante nos últimos anos, Elias havia conseguido autorização do prefeito Kiefer Cavalcante (PP) no ano passado para usar o terreno e iniciar a construção de seu negócio. No entanto, sem qualquer aviso prévio, a prefeitura, por meio da Secretaria do Meio Ambiente, demoliu o que ele vinha construindo, sem dar a oportunidade de defesa ou diálogo.
“Eu sou trabalhador, tenho quatro filhos e uma esposa para sustentar. Peguei o último dinheiro que tinha, investi nesse box para trabalhar e me tiraram tudo em minutos. Isso não foi justiça, foi sacanagem”, afirmou Elias. O comerciante conta que, após ser autorizado pelo prefeito a utilizar o terreno, ele começou a levantar a loja com muita dificuldade financeira. A obra estava em andamento quando, de maneira inesperada, a demolição teve início.
O caso levantou discussões entre os moradores da região sobre os limites de ação das autoridades municipais, especialmente no que diz respeito ao uso do poder público e aos direitos do povo. Ações desse teor no bairro Aristides não são incomuns, como relatado por Tatiane Coelho da Costa ao comitê de apoio do jornal, que teve sua casa destruída ano passado. Ela relatou que o Estado lhe prometeu auxílio, todavia, nunca cumpriu com a promessa.
Elias, que tem quatro filhos para criar, agora se vê sem um lar e enfrentando uma dívida alta.
Enquanto isso, a população aguarda uma posição clara da prefeitura sobre o caso e a atuação do secretário do Meio Ambiente, cuja decisão gerou revolta e insegurança entre outros comerciantes e moradores que estão atentos aos próximos desdobramentos dessa situação.
Confira a denúncia na íntegra: