No último dia 27, o prefeito eleito de Feijó, Railson Ferreira, do partido Republicanos, anunciou os primeiros integrantes de sua equipe de governo. Acompanhado do vice-prefeito Juarez Leitão, o prefeito se reuniu com os futuros secretários municipais para apresentar os nomes que farão parte da gestão a partir de janeiro de 2025.
A lista de secretários municipais é:
Ronaldo Reis (Secretaria de Agricultura) Emilson Brasil (Secretaria de Administração), Pelado (Secretaria de Obras), Mauro Defeson (Secretaria de Educação), Cardoci Paiva (Secretaria de Cidadania e Inclusão Social), Xerito (Secretaria de Esporte e Cultura), Iuri Silva (Secretaria de Planejamento e Finanças), Yan Santos (Secretaria de Meio Ambiente), SGT Adriano Souza (Defesa Civil), Romennig Albuquerque na Comunicação e Pelé Campos como Chefe de Gabinete.
Pelé Campos, escolhido como chefe do gabinete, é filho do latifundiário Valmir Campos. Em entrevista ao jornal Acre News, Pelé declarou que “sobrevive politicamente com grande parte do legado de seu pai, que apesar de não disputar as eleições era responsável pelas principais alianças políticas vitoriosas no município durante as décadas de 1980 atentamente sua morte, em julho de 2013”. Pelé Campos é dono do bairro “Pelé”, tendo herdado grandes terrenos de seu pai.
Ronaldo Reis, atualmente eleito como vereador e escolhido como responsável pela secretária de agricultura, responde processos na justiça relacionados a tortura de menores de idade no centro socioeducativo, fato que teria ocorrido em 2018, bem como responde processos por improbidade administrativa e peculato.
Xerito, empresário conhecido na cidade de Feijó, escolhido como secretário de esporte e cultura, mesmo sem qualquer experiência com essas duas áreas, tentou se eleger como vereador na chapa do prefeito Railson, tendo fracassado, veio como suplente.
Railson Ferreira, ex delegado de polícia, chegou à Prefeitura de Feijó com a promessa de “revolucionar a cidade”, como dito em muitos de seus discursos, bem como prometeu combater a velha política. No entanto, a composição de sua equipe de governo entra em contradição com suas promessas de campanha.
As escolhas de Railson para os cargos públicos de Feijó revelam a continuidade do latifúndio e dos grandes empresários Feijoenses na política local. A formação do próximo governo escancara completamente as falsas promessas eleitorais, tendo se eleito com o discurso “revolucionário”, o ex delegado apenas substituiu os gerentes de turno de seu governo, cedendo espaço a serviçais do latifúndio, torturadores e amadores apadrinhados.
