AC: Enchente histórica afeta mais de 100 mil pessoas

17 das 22 cidades do Acre foram colocadas em estado de emergência. Mais de 400 pessoas perderam as casas.
Cheia afetou mais de 100 mil pessoas. Foto: Governo do Estado do Acre

AC: Enchente histórica afeta mais de 100 mil pessoas

17 das 22 cidades do Acre foram colocadas em estado de emergência. Mais de 400 pessoas perderam as casas.
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Cerca de 100 mil pessoas foram afetadas por uma enchente histórica no Acre no final de fevereiro. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) colocou 17 das 22 cidades acreanas em situação de emergência no dia 25 de fevereiro. Há anos que planos para prevenção de enchentes são supostamente montados na região, mas nunca saem do papel. No dia 27 de fevereiro, 340 pessoas estavam desabrigadas e 127 desalojadas.

A enchente teve início em Assis Brasil com a inundação da Bacia do Rio Acre. Em pouco tempo ocorreram as enxurradas dos igarapés em Rio Branco, seguido pela enchente do Rio Acre, que impactou Rio Branco, Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Porto Acre, Plácido de Castro, Capixaba, Xapuri, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Feijó, Tarauacá, Santa Rosa, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Mâncio Lima. 

No dia 28 de fevereiro, o Rio Acre atingiu a marca de 15,56 metros no município de Brasiléia, ultrapassando a cheia histórica de 2015. Naquela época, o Rio alcançou 15,55m. Cerca de 75% da cidade está afetada. A locomoção só é possível por meio fluvial já que a via terrestre está isolada. Já na capital, Rio Branco, o rio chegou a bater 16,82 metros. 

Planos não saem do papel 

Em 2020, a prefeitura da capital realizou uma pesquisa com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), expondo que em 52 anos de monitoramento, a capital do Acre havia registrado 41 enchentes do Rio Acre.

O levantamento realizado há quatro anos tinha como objetivo construir um plano para enfrentar as mudanças climáticas e ambientais, porém, nunca saiu do papel. 

Após a pesquisa, o Acre passou por grandes enchentes no ano de 2020, 2021, 2022, 2023 e 2024. Em todos, esses episódios, os pobres foram os mais afetados, sobretudo vilarejos de camponeses ribeirinhos. As áreas rurais e indígenas também são afetadas.

Mesmo assim, o estado segue sem planejamentos sólidos para prevenção das enchentes.

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