A família da jovem Maria Dayane Souza da Silva, de apenas 25 anos, exige justiça após a morte de Dayane durante um trabalho de parto no Hospital do Feijó no dia 9 de janeiro. Segundo os familiares, a jovem morreu em um caso de negligência, em que o hospital não forneceu as condições necessárias para se realizar o parto.
De acordo com as denúncias da mãe da vítima, o hospital carece de equipamentos e medicamentos, e o atendimento da instituição foi negligente.
Maria Dayane morreu após ser dispensada por um médico que sinalizou que não era o momento do bebê nascer. Mais tarde, já em casa, Maria deu início ao trabalho de parto e foi socorrida por sua mãe, que encontrou a filha gritando por socorro sobre os lençóis ensanguentados. Apesar de ter sido levada ao hospital, a jovem não resistiu. O bebê nasceu saudável.
Devido às pressões da mãe, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) começou a apurar as circunstâncias que levaram a morte da jovem. As denúncias não são de hoje. Na própria publicação do MPAC, o órgão afirmou que a “Promotoria Cível de Feijó já tem um procedimento administrativo instaurado pela promotora de Justiça Bianca Bernardes, que acompanha e sugere melhorias, tanto na estrutura física, quanto na contratação de profissionais da saúde e fornecimento de insumos”.
No ano passado foi anunciado um investimento de R$ 5 milhões para a reforma do hospital, mas até agora o povo não viu melhoras no atendimento e na estrutura. São recorrentes as reclamações sobre a má gestão hospitalar ou a falta de estrutura para um atendimento público de qualidade.
O governo parece não cumprir com suas promessas de melhoria, e a revolta das massas vem aumentando constantemente devido ao descaso que elas sofrem. A morte da jovem Maria Dayane comoveu e despertou sentimentos de indignação em toda a população.