A prefeitura do município de Feijó (AC) demoliu, sem qualquer aviso prévio, a loja de um pequeno comerciante na segunda-feira (13/1). A loja estava em construção e possuía autorização da prefeitura para estar ocupando o terreno. A secretaria de meio ambiente da prefeitura utilizou uma retroescavadeira para pôr abaixo a propriedade.
O comerciante chamado Elias conta que foi autorizado pelo ex-prefeito Kiefer Cavalcante (PP) a utilizar o terreno localizado no bairro Aristides, porém, o vice-prefeito José Juarez Leitão (PSD) ordenou a demolição. Elias começou a levantar a loja com muita dificuldade financeira. Em entrevista com o comitê de apoio ao AND disse “Eu sou trabalhador, tenho quatro filhos e uma esposa para sustentar. Peguei o último dinheiro que tinha, investi nesse box para trabalhar e me tiraram tudo em minutos. Isso não foi justiça, foi sacanagem.” afirmou Elias.
O caso levantou discussões entre os moradores da região sobre os limites de ação das autoridades municipais, especialmente no que diz respeito ao uso do poder público e aos direitos do povo. Ações desse teor não são incomuns no bairro, como relatado por Tatiane Coelho da Costa, que teve sua casa destruída ano passado. Ela relatou que o Estado lhe prometeu auxílio, todavia, nunca cumpriu com a promessa.
Elias, que tem quatro filhos para criar, agora se vê sem um lar e enfrentando uma dívida alta. Enquanto isso, a população aguarda uma posição clara da prefeitura sobre o caso e a atuação do secretário do Meio Ambiente, cuja decisão gerou revolta e insegurança entre outros comerciantes e cidadãos que estão atentos aos próximos desdobramentos dessa situação.