Os detentos do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), entraram em greve de fome no dia 15 de agosto, em protesto por melhores condições nos presídios e mudanças nas regras de visitas. De acordo com a direção do presídio, há 403 presos nos quatro pavilhões.
A greve de fome teve início nas unidades Francisco d’Oliveira Conde, presídio de segurança máxima Antônio Amaro e Unidade Feminina, em Rio Branco, até que os detentos dos presídios do interior Evaristo de Moraes (em Sena Madureira), Moacir Prado (em Tarauacá) e Manoel Néri (em Cruzeiro do Sul) também foram aderindo ao protesto.
Reivindicações
Entre as reivindicações, estão a volta das visitas íntimas em todos finais de semana, um tempo maior das visitas familiares, e que ocorram a cada 15 dias, e a revisão dos processos dos que estão com penas vencidas. As detentas da unidade feminina também estão fazendo parte dos protestos, e exigem o direito à visita dos maridos. As reivindicações foram encaminhamos ao Poder Judiciário.
Mulheres protestam em Rio Branco
As companheiras de presos fecharam as principais vias da capital acreana no dia 15 de agosto para pressionar que as exigências dos presos sejam atendidas. Em nota, o Iapen informou que não pretende atender às reivindicações.
No dia seguinte, 16 de agosto, familiares dos detentos em greve de fome fizeram um protesto na cidade de Cruzeiro do Sul. Mais de 40 mulheres fecharam a entrada do Tribunal de Justiça do município e, após conversar com um juiz, seguiram para a frente do presídio e fecharam as duas entradas do local e a rodovia BR-307.
Carregando cartazes, as manifestantes exigiam notícias sobre o andamento das reivindicações feitas pelos seus companheiros nas penitenciárias de Cruzeiro do Sul e das outras cinco unidades do Acre.