Dois militares do USA foram aniquilados durante uma emboscada empreendida pela Resistência nacional a um comboio da OTAN, em 2/08. A ação ocorreu no distrito de Daman, província de Kandahar, no sul do Afeganistão.
Os combatentes utilizaram um veículo com explosivos para chocar-se ao comboio. Pelo menos dois veículos de guerra ianques foram completamente destruídos.
“Dois membros dos serviços do USA foram mortos em ação em Kandahar, no Afeganistão, quando seu comboio foi atacado”, confessou o porta-voz do Pentágono e capitão da Marinha ianque, Jeff Davis, em comunicado.
A OTAN e as Forças Armadas afegãs não informaram o número total de baixas.
O porta-voz do grupo Talibã, Qari Yousuf Ahmadi, reivindicou a autoria da ação.
A Resistência nacional destacou que o ataque ocorreu perto de uma base fortificada dos serviços de inteligência afegãos.
No final do mês de julho (31) a Resistência nacional realizara já outra importante ação armada. O alvo fora a embaixada do velho Estado iraquiano e aniquilara dois soldados do Exército afegão.
A ação teria sido uma resposta à guerra impulsionada pelo Exército iraquiano contra as massas em Mosul, sob a direção absoluta do Pentágono, a serviço dos interesses do invasor ianque.
ianques SE AFUNDAm EM DERROTAS
A estratégia ianque de passar a responsabilidade das operações em terreno às tropas afegãs para “domestificar” e mascarar sua guerra de agressão afunda no fracasso a cada ação das massas que conformam a Resistência nacional.
Para sustentar sua ocupação imperialista no país, especialistas ianques apontam que o USA terá que incorporar soldados próprios. Os próprios apontam que a Resistência nacional está vencendo a guerra.
“Oito anos de uma estratégia nos custou riquezas no Afeganistão. Nossas tropas merecem mais”, declarou o arquirreacionário John McCain, presidente republicano do Comitê das Forças Armadas no Senado ianque. No mês passado, John McCain declara: “Nós não temos estratégia e estamos perdendo”.
O arquirreacionário Donald Trump recebeu em maio o pedido do general ianque John Nocholso para incorporar 4 mil ou mais soldados a ocupação no Afeganistão. Atualmente há 13,5 mil soldados ianques e da OTAN na ocupação do Afeganistão.
O general ianque afirmou em junho que a guerra contra a Resistência nacional está “em paralisação”, e que para “mudar a maré da guerra” é necessário incrementar a agressão com milhares de soldados e novas tropas no Afeganistão.
“O principal problema que enfrentamos é que, da forma como as coisas estão, a guerra não é vencível”, declarou Jack Keane, um general retirado do exército.
O Talibã já controla metade do território do Afeganistão e cerca outras doze capitais provinciais.
Principais vitórias da resistência*
Janeiro/2017 – No dia 10, ataque destrói prédio do “parlamento” afegão. O objetivo era aniquilar agentes da Diretoria Nacional de Segurança (serviço de inteligência e repressão dirigida pelos ianques), em Cabul.
No mesmo dia, em Candaar, 12 reacionários aniquilados por ataque a bomba na residência oficial do “governador”. Diplomatas e o “vice-governador” de Candaar entre os mortos.
Março – No dia 8, operação cirúrgica em hospital militar arrasa 50 soldados a serviço da ocupação ianque, em Cabul. O hospital fica em frente à embaixada do USA.
Abril – No dia 20, assalto e infiltração em base militar aniquila 140 e fere 60 soldados do Exército afegão, na província de Balkh. A épica ação realizou-se apenas com 11 combatentes da Resistência nacional. Foi a maior baixa militar em um único ataque desde o início da ocupação, em 2001.
Dez dias depois, uma operação do USA no leste do Afeganistão termina com dois militares ianques aniquilados e um ferido.
Maio – No dia 3, ação com carro-bomba embosca comboio e fere 3 soldados ianques em Cabul.
No dia 21, Resistência nacional lança dezenas de ataques surpresas contra postos policiais no sul do país. Ao menos 25 soldados do Exército afegão aniquilados.
O gerente da província de Zabol admite que “a situação é crítica” e que a polícia local não recebe munição.
Um dia depois, assalto realizado em acampamento militar de Shawali Kowt aniquila 10 e fere 9 militares afegãos, na província de Kandahar.
No dia 31, caminhão-bomba explodiu entre as embaixadas do USA, Turquia, Alemanha e palácio presidencial, em Cabul. Onze empreiteiros ianques ficaram feridos.
Junho – No dia 11, ataque a tiro de um combatente infiltrado aniquilou 3 soldados ianques e feriu um, na província de Nangarhar.
Dois dias depois, o chefe do Pentágono, Jim Mattis, afirmou que o USA “não está vencendo” a guerra de agressão contra a nação afegã.
No dia 17, ao menos 7 soldados ianques são feridos em ataque à base militar de Shahin. O Talibã saudou em comunicado “o soldado patriota que realizou o ataque”.
Um dia depois, ataque a posto policial que comanda operações de quatro províncias aniquila 5 e fere 9 policiais em Gardaz, província de Paktia.
No dia 22, o Talibã reivindicou ataque com carro-bomba e afirmou ter aniquilado 73 militares e policiais em Lashkar Gah, província de Helmand.
Combatentes da Resistência nacional afegã. Foto ilustrativa.
* Todos os fatos foram noticiados nas edições nº 183 a 191 de AND