Povo marcha em protesto por terra. Foto: Dem Volke Dienen
Durante todo o mês de Julho, a Cidade do Cabo, capital da África do Sul, foi palco de lutas combativas por centenas de pessoas das periferias da cidade ao ocupar terras ociosas e construindo mais de 5 mil moradias, além de grandes protestos contra o velho Estado sul-africano.
Com mais de 20 tentativas de tomadas de terra durante o mês, o velho Estado afirmou que tiveram que lidar com mais de 5 mil moradias construídas, nas regiões de Mfuleni, Khayçetisha, Wallacedene, Delft, Dunoon, Milnerton e Nyanga.
As tentativas do velho Estado em impedir o povo em luta pela terra e moradia foram encontradas com extrema combatividade, com o povo destruindo propriedades e prédios do velho Estado.
Entre os atos de rebeldia do povo, no dia 21 de julho, um veiculo da Eskom, empresa do velho Estado, foi apedrejado e incendiado pela massa em fúria, com um ônibus também queimado durante os protestos próximo ao Rio Eersteem no dia 22/07, em retaliação a truculência do velho Estado em impedir o povo de ter moradia.
No dia 26/07, agentes da repressão encontram o povo preparado para enfrentar a polícia que visava os impedir de ocupar uma terra próxima à Avenida N2, ao formar barricadas e jogar pedras nos agentes.
As ocupações vêm dentro do contexto mundial de crise geral de superprodução do imperialismo, em um país marcado pela semicolonialidade e a semifeudalidade. O prefeito da Cidade do Cabo, temendo o povo em fúria, solicitou ao velho Estado forças nacionais para reprimir o povo.