Manifestantes exigem liberdade aos presos políticos internacionalmente em Munique
No dia 16 de junho, centenas de pessoas se reuniram em frente ao Tribunal Regional Superior de Munique onde o ativista e preso político Müslum Elma seria julgado. Os manifestantes exigiram a liberdade dele e de outros presos políticos ao redor do mundo.
Além de Müslum Elma, outros nove ativistas da Confederação dos Trabalhadores Turcos na Europa (Atik) seriam julgados, com risco de serem condenados por até cinco anos de prisão no injusto processo que ficou conhecido como “Processo do Partido Comunista da Turquia/Marxista-leninista (TKP/ML)”, que já ocorre desde 2015. O próprio Elma já se encontra preso “preventivamente” nas masmorras do Estado imperialista alemão há cinco anos.
Na atividade, que contou com a participação da organização revolucionária Partizan, diversas faixas e bandeiras exigia também a liberdade de Abimael Guzmán Reynoso, o Presidente Gonzalo, chefe do Partido Comunista do Peru encarcerado nos porões do velho Estado peruano há 27 anos; de Georges Abdallah, comunista apoiador da Resistência Palestina, condenado injustamente à prisão perpétua e mantido ilegalmente nos cárceres franceses; do doutor GN Saibaba, professor universitário e ativista dos direitos do povo preso em 2014 apesar de sérias complicações de sua saúde; e Ahmad Sa’adat, Secretário-Geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina.
Segundo o Partizan, “eles fizeram uma defesa política [dos presos] expondo o julgamento e a relação do Estado alemão com o turco”, além de afirmarem que “a decisão feita pela côrte será contestada por organizações democráticas nos próximos dias”.
Além de Munique, outras cidades na Europa realizaram atos em solidariedade aos presos políticos, como em Viena, Bruxelas, Zurique e Atenas.
O ‘Processo do TKP/ML’
Elma, assim como os outros nove processados, tiveram como sua única acusação supostamente fazerem parte do TKP/ML. Assim como muitos outros militantes da Atik, foram presos em uma onda de prisões em massa de membros da organização, em abril de 2014.
A Atik é uma organização legal de caráter anti-imperialista e antifascista, e seus ativistas não foram acusados diretamente por nenhuma ação específica nos países onde foram presos (Alemanha, Grécia, Suíça e França), mas sim por supostamente serem membros do TKP/ML, e de terem violado o parágrafo 129a/b da lei “anti-terrorista”, usada para incriminar movimentos populares.