Ativistas alemães realizaram uma série de atividades no mês de abril em defesa dos camponeses do Acampamento Manoel Ribeiro, em Rondônia, e da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), denunciando, também, os ataques criminosos do velho Estado brasileiro em conluio com o latifúndio.
Na cidade de Hamburgo, no dia 16 de abril, o movimento Aliança contra a Agressão Imperialista realizou uma manifestação diante da embaixada brasileira em solidariedade com o movimento revolucionário camponês no Brasil. Entre os ativistas, haviam também ativistas turcos da organização democrático-revolucionária Partizan.
Múltiplas declarações de solidariedade foram lidas e diversas palavras de ordem do movimento revolucionário no Brasil foram entoadas.
Com esta manifestação, afirmam, “um forte sinal de solidariedade foi enviado e foi demonstrado que o movimento camponês revolucionário no Brasil não está sozinho, mas está lado a lado com companheiros de todo o mundo. É dever de toda força revolucionária, anti-imperialista, progressista e democrática demonstrar solidariedade e denunciar os crimes do velho Estado brasileiro, de modo que não pode haver outro massacre.
Ativistas realizam ato em Hamburgo. Foto: Dem Volke Dienen
Em Hamburgo, também, pichações em solidariedade com o movimento camponês revolucionário brasileiro foram documentadas em várias partes da cidade. Foto: Dem Volke Dienen
Em Stuttgart, ativistas realizaram um ato em frente ao consulado honorário brasileiro, no dia 18 de abril.
Eles carregavam uma faixa com a frase “Abaixo a criminalização da luta pela terra!” em alemão e português.
Com essa palavra de ordem, eles denunciaram decisivamente os planos do Estado brasileiro, que “procura acabar com as lutas dos camponeses através da força e, portanto, tenta criminalizá-los”.
“Estes passos são necessários para o velho Estado, pois a revolução agrária no Brasil está constantemente alcançando novas vitórias, desafiando as regras dos burocratas-capitalistas e grandes latifundiários”, continuaram.
Durante o ato, três falas foram feitas, chamando a atenção para a situação atual em Chupinguaia, Rondônia. Os palestrantes falaram sobre a situação insuportável que obriga a maioria da população rural a passar pelas condições mais brutais de exploração e sobre a justa luta que está sendo travada pela LCP contra essas condições. Também denunciaram as ações do governo contra o movimento camponês em Rondônia e explicaram como o Estado brasileiro está atualmente violando suas próprias leis para realizar o despejo da antiga fazenda Santa Elina. Após os discursos, os ativistas gritaram palavras de ordem como Não à criminalização da luta pela terra!, Viva a Liga dos Camponeses Pobres do Brasil! e Viva a solidariedade internacional!
“Mais uma vez, queremos apelar aqui para todas as organizações e indivíduos progressistas, democráticos e revolucionários: Lutar para evitar outro massacre!
Converse com seus amigos, colegas, colegas de classe, familiares sobre a situação atual. Realizem suas próprias ações de solidariedade com os camponeses pobres do Brasil e criem a opinião pública para sua justa luta pela terra!”, demarcou o portal revolucionário, Dem Volke Dienen, que repercutiu a notícia.
Ativistas realizam ato em Stuttgart. Foto: Dem Volke Dienen
Em Bremen, foi organizada uma palestra sobre a situação do movimento revolucionário camponês em Rondônia. Além de informações gerais, foi enfatizado que o ataque do velho Estado também significa que “os revolucionários no Brasil estão tendo enormes sucessos com seu trabalho e estão sendo combatidos por causa dele”.
“O plano de massacre foi claramente denunciado e a luta heróica dos companheiros no Brasil foi mais uma vez mostrada de forma impressionante através dos vídeos que foram publicados pelos companheiros brasileiros”, declararam.
Ativistas realizam palestra em Bremen. Foto: Dem Volke Dienen