O movimento feminino revolucionário da Alemanha e Áustria lançaram declaração conjunta na primeira quinzena de fevereiro. Os Comitês Vermelhos de Mulheres de Berlim, Bremen, Hamburgo, Linz, Tirol e Viena se pronunciam por ocasião da aproximação do Dia Internacional da Mulher Proletária, 8 de março.
Publicado na internet, a declaração reafirma sua posição proletária acerca do problema feminino, destacando que a opressão sexual está intimamente ligada com a propriedade privada e com as classes. Para dar cabo desta opressão, apontam, “as mulheres precisam tomar seu lugar junto a seus companheiros de classe e ir à luta pelo poder político, pela ditadura do proletariado, pela emancipação de toda a humanidade!”.
Apontam que, para tanto, é preciso que “as operárias liderem essas lutas”, tomando como norte “cumprir o seu papel na luta pela reconstituição dos Partidos Comunistas” como condição para alcançar a revolução, no rumo do comunismo.
Revisionismo e feminismo burguês
As revolucionárias destacam ainda que não basta dar combate à reação e ao imperialismo. “O revisionismo tenta constantemente liquidar esta luta levando-a às águas economicistas e separando-as do seu Estado-Maior de combate, o Partido Comunista”, pontuam. “O feminismo burguês e pequeno-burguês apregoa a humilhação de nossa luta por demandas pontuais, tal como a lei de ‘não é não’ e outras”, disparam. Elas afirmam que tais campanhas não resolvem a opressão sexual e tenta traficar com a luta feminina, desviando-a da luta revolucionária.
A Guerra Popular
Tomando como exemplo de luta revolucionária com plena atuação das mulheres, as revolucionárias apontam que “o protótipo desta luta são as mulheres que lutam nas guerras populares no mundo, dirigido pelos Partidos Comunistas do Peru, Índia, Turquia e Filipinas, onde as mulheres dão, como irmãs em armas, seu precioso sangue na heroica luta e com isso respondem à necessidade de forjar lideres revolucionárias dos níveis mais fundos e profundos do proletariado”.
Os Comitês Vermelhos de Mulheres citam ainda a dirigente da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo e do Movimento Feminino Popular, Sandra Lima, como exemplo de mulher revolucionária e comunista convicta, juntamente com a camarada Norah, Chiang Ching, Clara Zetkin e outras mais.
A tradução na íntegra pode ser lida em serviraopovo.wordpress.com.
Cartaz publicado pelas revolucionárias na internet