No dia 31 de agosto, o jornal revolucionário alemão Dem Volke Dienen lançou uma nota em solidariedade ao movimento popular Roter Aufbau (“Construção Vermelha”) que foi atacado pelo Estado imperialista alemão, com buscas em 28 residências de seus integrantes, em uma operação envolvendo 200 policiais. Nos dias 2 e 5 de setembro, manifestações foram feitas por revolucionários em rechaço ao ataque.
O Procurador Estadual de Hamburgo disse ao jornal WELT que durante a manhã do dia 31 foram feitas buscas em 28 residências. A maioria das buscas aconteceu em Hamburgo. Entretanto, também foram realizadas buscas em Niedersachsen, Schleswig-Holstein e Nordrhein-Westfalen, sendo que 200 policiais participaram da operação. No total, 22 pessoas estão sendo investigadas e todas pertencem ao grupo Construção Vermelha, que é mantido sob vigilância pelo Verfassungsschutz (“Escritório Federal para a Proteção da Constituição”), que é a agência de segurança dos estados alemães, que por razões históricas não tem autoridade policial.
A organização Construção Vermelha descreveu a operação em sua página na internet: “Esta manhã, nós e as pessoas associadas a nós tivemos uma visita novamente. Em alguns casos, eles vieram com as unidades do Comando Especial de Mobilização (SEK, sigla original) e metralhadoras para arrastar as pessoas para fora de suas camas. Foi apresentado um caso contra nossa organização sob o Seção 129 do Código Penal (que se refere à formação de uma organização criminosa). No momento, não podemos dizer nada ao certo sobre o alcance da operação contra nós, mas assumimos no momento que houve de dez a 15 buscas domiciliares. Toda as tecnologias e anotações foram confiscadas, e também alguns artigos de vestuário. Sabemos que o 129 StGB é famoso como um parágrafo de espionagem, mas raramente chega a uma acusação, pois o objetivo principal é mapear nossas estruturas”.
O Dem Volke Dienen afirma que o ataque do Estado alemão contra o movimento Construção Vermelha é um ataque a todo o movimento popular atuante na República Federal da Alemanha, e que “não se trata de uma gangue, mas de um grupo dentro do movimento revolucionário”.
Ele ainda acrescenta que esse ataque é dirigido ao movimento revolucionário como um todo, e que não é coincidência que ele ocorra sob o atual estado de emergência durante a pandemia. Coloca-se também que o ataque aconteceu na crença equivocada de que não se criaria uma grande mobilização, mas o jornal coloca que “estamos certos de que uma grande onda de solidariedade surgirá, e pedimos a nossos leitores que iniciem ações solidárias em todas as cidades da Alemanha!”
Movimento revolucionário se manifesta em rechaço ao ataque
No dia 05/09, revolucionários realizaram uma breve manifestação na cidade de Bremen em solidariedade ao movimento Construção Vermelha. Os militantes se reuniram no Ziegenmarkt, em Steintorviertel e em Bremen, onde foi feito um discurso. Foram também distribuídos panfletos e entoadas palavras de ordem, além de cartazes de denúncia ao ataque. Já em Bochum, no dia 03/09 cerca de 20 pessoas participaram de um ato também em solidariedade.
No dia 02/09, em Colônia, cerca de 70 pessoas participaram da manifestação. Em Duisburg cerca de 30 pessoas participaram de outra manifestação em solidariedade ao grupo. Em Essen, uma pichação em uma parede com mais de 20 metros de comprimento foi feita com a palavra de ordem Solidariedade com a Construção Vermelha.
Revolucionários se manifestam em rechaço ao ataque do Estado imperialista alemão contra um movimento popular. Fonte: Dem Volke Dienen