AM: Camponeses da comunidade Marielle Franco denunciam sequestros e tortura de pistolagem

Na última semana, camponeses residentes da Comunidade Marielle Franco, no sul do Amazonas, denunciaram um ataque contra os trabalhadores protagonizado por policiais militares do Bope do Acre, que sequestraram e torturaram os camponeses, que estão hospitalizados ou desaparecidos.
Os latifundiários Sidney Sanches Zamora e Sidney Sanches Zamora Filho. Foto: Reprodução/Redes Sociais

AM: Camponeses da comunidade Marielle Franco denunciam sequestros e tortura de pistolagem

Na última semana, camponeses residentes da Comunidade Marielle Franco, no sul do Amazonas, denunciaram um ataque contra os trabalhadores protagonizado por policiais militares do Bope do Acre, que sequestraram e torturaram os camponeses, que estão hospitalizados ou desaparecidos.

Na última semana, camponeses residentes da Comunidade Marielle Franco, localizada em Lábrea, no sul do Amazonas, denunciaram um novo ataque contra os trabalhadores realizada por policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Acre. Segundo denúncias, os agentes da repressão agiram em favor do latifúndio, sequestrando e torturando os camponeses, que foram ou hospitalizados ou ficaram desaparecidos.

O relato foi enviado em nome do dirigente camponês da região, Paulo Araújo a Revista Cenarium, onde o mesmo conta, relatando a ação dos pistoleiros:

“Nossos companheiros foram abordados por pessoas se dizendo policiais militares do Bope. Eles foram mantidos como reféns e apanharam de joelho. Foi feita uma live mostrando o que estava sendo feito. Suspeitamos que as imagens foram enviadas ao fazendeiro”, contou ele.

Os homens teriam chegado à comunidade, capturado alguns camponeses e expulsado outros da região na base de tiros. Os homens que foram capturados relatam brutais torturas contra os trabalhadores. Nos vídeos enviados pelos camponeses, é possível ver moradores correndo para se abrigar dos disparos dos militares, assim como os demais trabalhadores registrando as torturas sofridas.

Conflitos se intensificam

A cada novo ataque das tropas do latifúndio, a brutalidade ao acampamento Marielle Franco só aumenta. O acampamento vem sofrendo um cerco de paramilitares e grileiros há anos.

Os camponeses denunciaram que as áreas onde vivem são reivindicadas pelos latifundiários Sidney Sanches Zamora e Sidney Sanches Zamora Filho, que batizaram a terra como Fazenda Palotina. Os camponeses ainda afirmam que são terras públicas da União.

Desde dezembro de 2023, se intensificaram os ataques armados contra os camponeses, que já reiteraram que a participação das forças policiais, militares e civis, dentre as tropas do latifúndio são comuns.

Confira os vídeos abaixo.

Atenção: imagens fortes.

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