AM: Em meio a pandemia, Câmara Municipal de Vereadores aprova compra R$ 83 mil em café e açúcar

AM: Em meio a pandemia, Câmara Municipal de Vereadores aprova compra R$ 83 mil em café e açúcar

Prefeito de Manaus, David Almeida (Avante). Foto: Reprodução

A Câmara Municipal de Vereadores de Manaus publicou no dia 23, no diário oficial, a compra por meio de licitação de cerca de R$ 83,4 mil em café e açúcar para consumo dos vereadores em apenas 1 ano. Segundo o documento, são 4.200 kg de açúcar e 1.900 kg de café.

O presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador David Reis, do mesmo partido do prefeito David Almeida, Avante, relatou ao monopólio de imprensa que o processo não é ilegal: “Existem três propostas e a menor é declarada vencedora. Todo o processo foi dentro do que a lei exige. Eu gostaria muito que o poder público pudesse fazer compra dentro do Nova Era, mas não é possível. Não fui eu quem encareci o preço. Infelizmente, para o poder público tudo é mais caro”.

No dia 18 de maio a Câmara de Vereadores realizou a compra 2.500 resmas de papel A4 totalizando R$ 50 mil, uma resma custa cerca de R$ 20, enquanto a média nos estabelecimentos comerciais da cidade é de R$ 15. Desde 2015 a Câmara utiliza um sistema digital para documentos com o objetivo de reduzir a utilização de papel.

Enquanto sobra dinheiro na Câmara, falta para os trabalhadores

Em entrevista ao monopólio de imprensa em março de 2021, o prefeito David Almeida reconhece que o valor destinado aos empresários do transporte “público” é 3 vezes maior que o valor destinado ao auxílio manauara. Apenas em fevereiro o montante repassado aos empresários foi de cerca de R$ 24 milhões.

O auxílio foi anunciado durante a farsa eleitoral em novembro e irá atender 40 mil famílias em situação de extrema pobreza em Manaus. Cada uma receberá apenas R$ 200 por seis meses. Apenas no primeiro dia de inscrição, cerca de 100 mil pessoas solicitaram o auxílio.

Em outro trecho, David Almeida relata que a prefeitura repassou apenas em fevereiro e março aos empresários do transporte “público” cerca de R$ 40 milhões.

Enquanto o oportunismo defende a manutenção dessa prática por meio do “voto consciente” e da fábula da “defesa do Estado democrático de direito”, as massas cansadas promovem protestos em todo o país. Uma das pautas mais observadas por todo país tem sido a exigência do auxílio emergencial de R$ 1.000 até o fim da pandemia.

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