AM: Estudantes do Ifam denunciam novos cortes

Estudantes denunciam cortes no Ifam. Foto: G1 AM

AM: Estudantes do Ifam denunciam novos cortes

No dia 23 de junho, estudantes do Instituto Federal do Amazonas – Campus Manaus Centro (Ifam-CMC), foram surpreendidos com um anúncio de novos cortes que afetarão gravemente a vida acadêmica dos estudantes. Serviços como auxílio financeiro para diversas finalidades, concessões diárias e passagens e serviços gráficos serão afetados pelos cortes. A notícia foi dada por meio da ordem de serviço n° 050-DG. 

O documento, assinado pelo diretor do Ifam-CMC, Edson Valente Chaves, anunciou a suspensão por quatro meses do financiamento de concessões de diárias e passagens, auxílio financeiro de viagens, insumos de custeio, manutenção de equipamentos, serviços gráficos e apoio financeiro para compra de materiais e serviços para eventos. A justificativa para os cortes são bloqueios orçamentários que ocorreram na entidade em 2022. 

Os estudantes do Ifam são, há anos, vítimas de ataques e sucateamentos promovidos pelos diferentes governos federais. Nos últimos anos, foram constantes as ameaças de fechamento de unidades, pois os cortes de verbas impediram o pagamento de serviços mais básicos como limpeza, segurança e comida. Agora, a restrição de direitos estudantis segue em voga.

Além disso, os estudantes denunciam que a falta de transparência da gestão também é constante. Para evitar manifestações estudantis, uma prática recorrentemente aplicada na universidade tem sido o anúncio de cortes “às escondidas”, como no caso da recente OS.

O Campus Manaus Centro abriga, além dos três anos do Ensino Médio, cursos de licenciaturas como Matemática, Física e Biologia. Em entrevista ao AND, um estudante do Centro Acadêmico de Biologia da Universidade denunciou que: “Eu e mais quatro amigos fomos aprovados em congresso. Nenhum de nós conseguiu recursos mínimos. Não temos viagens de campo. No máximo, práticas em laboratório. A semana de biologia vai ocorrer sem ajuda da instituição e não vamos ter qualquer prática de campo no evento pelo fato que foi cortado também o seguro de vida que assegurava a gente em saídas”. 

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