AM: Funcionários públicos de saúde protestam contra a falta de condições básicas para o trabalho

Trabalhadores do hospital regional de Lábrea exigem melhores condições de trabalho e governo omisso se recusa a resolver o problema.
Trabalhadores tocam fogo em pneus e fecham a entrada da unidade médica com veículos. Foto: Reprodução

AM: Funcionários públicos de saúde protestam contra a falta de condições básicas para o trabalho

Trabalhadores do hospital regional de Lábrea exigem melhores condições de trabalho e governo omisso se recusa a resolver o problema.

Funcionários públicos de saúde protestaram em frente ao hospital regional de Lábrea (Amazonas), no dia 19 de julho, contra a falta de condições básicas para o trabalho. A justa luta dos trabalhadores já ocorre desde o início do ano, mas nenhuma ação paliativa se concretizou e as negociações não se cumpriram.

Os manifestantes denunciam ameaças de demissão de trabalhadores e também afirmam que a empresa terceirizada não paga corretamente o salário dos funcionários. Anteriormente, os trabalhadores fizeram passeatas e fizeram paralisações onde deixaram de atender casos clínicos.

O governo reacionário de Lábrea, por sua vez, se omite sobre a questão, embora houvesse denúncias na Assembleia Legislativa. Enquanto isso, a população do município sofre com a falta de assistência.

Com essa situação, mesmo que as unidades básicas de saúde do município funcionem normalmente, ficam impossibilitadas de realizar todo tipo de atendimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na prática, não há condições de atender os que buscam atendimento.

Governo Sujo

Em maio deste ano, o prefeito reacionário do município, Gean Campos de Barros (MDB), foi condenado por manter em regime de servidão 37 pessoas, incluindo uma mulher e nove menores de idade.

A sentença consta que, à época dos fatos, adolescentes e crianças eram mantidos em trabalho escravo na colheita de castanha-do-pará no Castanhal Nova Glória, às margens do rio Tumiã, zona rural de Lábrea. As vítimas carregavam sacos cheios de castanhas na mata e manuseavam facões para a abertura de ouriços, os frutos da castanha.

O criminoso foi condenado a 15 anos de prisão e 11.655 dias-multa pelos crimes de redução a condição análoga à escravidão.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: