Povos indígenas Sateré-Mawé do município de Barreirinha, no interior do Amazonas, conquistaram que o Ministério Público intimasse a prefeitura para realizar um novo edital para a contratação de profissionais da educação escolar indígena. Essa era uma exigência porque, segundo os indígenas, os contratados no primeiro curso eram apadrinhados do prefeito.
Segundo as organizações e professores indígenas da região, tem acontecido, na política educacional da região, manipulação de atas comunitárias e a nomeação de professores com base em critérios políticos de proximidade do grupo político do prefeito e a exclusão arbitrária de profissionais qualificados.
Tais práticas, como afirmaram fontes ao correspondente local do AND, impactam diretamente a qualidade do ensino nas aldeias. Os povos apontam também que a gestão municipal vem fomentando lideranças paralelas para justificar nomeações fraudulentas no magistério indígena.
As justas denúncias dos povos afirmam também que a gestão de Darlan Taveira (União) na prefeitura tem como prática a perseguição política contra lideranças indígenas que contestam as irregularidades.
Em constante mobilização, o povo Sateré-Mawé e suas organizações políticas e de docentes reafirmam o sagrado direito de autodeterminação dos povos indígenas e se comprometem a seguir na luta para barrar esse projeto danoso da Prefeitura.