AM: Latifundiário é alvo de busca e apreensão em área de conflito agrário

Uma cobertura de luxo pertencente ao latifundiário Sidney Zamora localizada em Rio Branco (AC) foi alvo de operação de busca e apreensão na última sexta-feira (01).
Os latifundiários Sidney Sanches Zamora e Sidney Sanches Zamora Filho. Foto: Reprodução/Redes Sociais

AM: Latifundiário é alvo de busca e apreensão em área de conflito agrário

Uma cobertura de luxo pertencente ao latifundiário Sidney Zamora localizada em Rio Branco (AC) foi alvo de operação de busca e apreensão na última sexta-feira (01).

A cobertura de luxo do latifundiário Sidney Zamorra, localizada em Rio Branco (AC), foi alvo de busca e apreensão na última sexta-feira (01).

O latifundiário vem sendo há anos sendo denunciado pela população por violência e grilagem de terras no sul do Amazonas.

Segundo as investigações, o grupo atua na área desde 2007, utilizando documentos falsificados e contando com o apoio de funcionários do cartório local, policiais, além de grupos paramilitares utilizados para expulsar os posseiros da região.

O centro do conflito se dá na área da chamada “Fazenda Palotina”, localizada entre Lábrea e Boca do Acre, onde os camponeses ergueram o acampamento Marielle Franco. Zamora afirma que é dono das terras, mas o próprio INCRA já confirmou que se trata de terra da União, pois o latifundiário não pode apresentar quaisquer documentos que comprovem sua posse.

Sobre a operação que finalmente se debruçou a investigar os grileiros, Paulo Sérgio, dirigente do Acampamento Marielle Franco, afirmou ao portal Amazônia Real que: “Era para esses caras estarem presos. Eu não fiz nada e fui preso. E eles estão por aí”. O camponês chegou a ser preso por quase dois meses ainda este ano quando foi a delegacia denunciar a tortura sofrida por pistoleiros.

A conveniência da Justiça brasileira com o latifúndio segue sendo uma marca registrada nesse caso, tendo inclusive os grileiros conseguido um mandado de reintegração de posse anteriormente mesmo sem ter o registro das terras. O comitê de apoio ao AND seguirá atento ao caso.

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