A cobertura de luxo do latifundiário Sidney Zamorra, localizada em Rio Branco (AC), foi alvo de busca e apreensão na última sexta-feira (01).
O latifundiário vem sendo há anos sendo denunciado pela população por violência e grilagem de terras no sul do Amazonas.
Segundo as investigações, o grupo atua na área desde 2007, utilizando documentos falsificados e contando com o apoio de funcionários do cartório local, policiais, além de grupos paramilitares utilizados para expulsar os posseiros da região.
O centro do conflito se dá na área da chamada “Fazenda Palotina”, localizada entre Lábrea e Boca do Acre, onde os camponeses ergueram o acampamento Marielle Franco. Zamora afirma que é dono das terras, mas o próprio INCRA já confirmou que se trata de terra da União, pois o latifundiário não pode apresentar quaisquer documentos que comprovem sua posse.
Sobre a operação que finalmente se debruçou a investigar os grileiros, Paulo Sérgio, dirigente do Acampamento Marielle Franco, afirmou ao portal Amazônia Real que: “Era para esses caras estarem presos. Eu não fiz nada e fui preso. E eles estão por aí”. O camponês chegou a ser preso por quase dois meses ainda este ano quando foi a delegacia denunciar a tortura sofrida por pistoleiros.
A conveniência da Justiça brasileira com o latifúndio segue sendo uma marca registrada nesse caso, tendo inclusive os grileiros conseguido um mandado de reintegração de posse anteriormente mesmo sem ter o registro das terras. O comitê de apoio ao AND seguirá atento ao caso.