O grande empresário e grileiro amazonense Djalma de Souza Castelo Branco foi denunciado no último mês por mulheres que foram vítimas de cárcere privado por 10 dias em sua mansão na capital do estado. As denúncias foram repercutidas inicialmente pelo portal Metrópoles, e revelam a brutalidade e violação máxima de direitos imposta às mulheres submetidas à prostituição pela crise e falta de emprego, principalmente pelos magnatas e grandes empresários do ramo.
Segundo uma das vítimas, capangas armados do empresário mantinham, sob sua orientação, as mulheres presas na residência sob ameaças de serem atacadas por seis cães da raça rottweiller.
“A casa é enorme e ocupa cerca de um quarteirão. Quando as meninas chegam lá, ele quer que todas fiquem peladas na piscina e transem umas com as outras na frente dos funcionários dele. Além disso, Djalma te obriga a beber, e não pode sair de lá sem autorização. O funcionário não abre o portão sem ele deixar e ameaça soltar os cães, se tentar fugir”, diz ela.
As vítimas eram garotas de programa, envolvidas em uma rede interestadual de prostituição que alicia mulheres de várias regiões do Brasil a fim de servir como acompanhantes de luxo para políticos e empresários. Inicialmente, a rede oferece ganhos financeiros de dezenas de milhares de reais, mas nenhum valor perto disso é repassado às mulheres uma vez que entram no ramo e são submetidas, cada vez mais, à violação por parte dos magnatas da prostituição.
Uma das acompanhantes relatou ao portal Radar Amazônico, que o “agenciador” dessa teia de prostituição, um homem chamado Hélio José Oliveira Lima, já levou garotas dos interiores do Amazonas, muitas menores de idade, para se prostituírem ao empresário.
A denunciante afirma também que teve que voltar fugindo para seu estado de origem, São Paulo, pois, quando a mesma conseguiu sair da mansão do empresário, o mesmo mandou capangas procurarem por ela em seu hotel.
De prostituição a grilagem
Além da prostituição, o magnata Djalma Castelo Branco já cometeu uma série de crimes, em sua maioria contra o povo ou que tem efeitos diretos sobre as massas populares. Com mais de 50 boletins de ocorrência abertos em seu nome, condenações de fraudes fiscais, agressões a mulheres e crimes ambientais, o magnata mantém uma longa ficha criminal.
Djalma também é conhecido em Manaus por se envolver em esquemas de grilagem de terra, em especial, no bairro Tarumã, na zona oeste da cidade.