Mais de 2,5 mil pessoas participaram de ato em memória de Sharley Sales Mendes Fermin Junior no último dia 1º de agosto. O jovem de 18 anos foi assassinado por um cabo da Polícia Militar (PM) do Amazonas na madrugada do dia 28 de julho, no município de Jutaí, a 749 quilômetros da capital do estado, Manaus. Carregando faixas e cartazes, os manifestantes exigiam justiça aos assassinos fardados.
A aglomeração teve início por volta das 16h30 e seguiu em passeata pelas principais ruas da cidade até o local onde o jovem caiu baleado. Posteriormente, os manifestantes se encaminharam à praça do João e concluíram a programação na praça do Seringueiro.
De acordo com informações do site A Crítica, um dos primos da vítima, Cícero Junior, contou que a manifestação foi organizada por familiares e tinha como objetivo chamar a atenção da sociedade e das “autoridades” ao crime cometido no interior do Amazonas.
A família ainda não sabe o motivo pelo qual o policial militar assassinou Sharley. “Não entendemos o que aconteceu, pois esse PM estava apenas há quatro dias em Jutaí. Todos na cidade o conheciam, apesar de pouca idade, Sharley era muito trabalhador. Verificamos todas as imagens do fato, mas não há nada que anteceda o fato que justifique a ação do policial. Estamos indignados com essa barbaridade”, conta Cícero.
O policial acusado já respondeu por inquérito militar que apurou desvios de conduta e abuso de autoridade, cometidos pelo PM e um parceiro, contra um comerciante de Manaus, durante uma abordagem em 2014. Atualmente, o PM está preso preventivamente no município de Tefé.
Foto: Reprodução / A Crítica