No último dia do mês de junho, uma intervenção policial na rua Manjerona, bairro Jorge Teixeira, resultou no assassinato de um motorista de aplicativo, Fabiano Oliveira. O caso ocorreu quando a polícia entrou na residência do trabalhador, enquanto buscava suspeitos de um “arrastão”.
A vítima não apresenta nenhuma passagem criminal e a família afirma que ele não possuía envolvimento com o mundo do crime. Fabiano fora hospitalizado no Platão Araújo, onde não resistiu e acabou falecendo no mesmo local. Aos arredores do hospital, familiares e amigos se revoltaram com o assassinato, em um dos cada vez mais rotineiros casos de violência policial.
Em declaração, a irmã da vítima afirmou:
“Ele não tem passagem pela polícia, pode puxar a ficha criminal dele. Nós vamos entrar com uma ação contra essa polícia! Foi um arrastão que estava acontecendo, os bandidos entraram na casa do meu irmão, a polícia foi atrás e já entrou atirando.”
Outra familiar, confrontando diretamente os policiais que tiraram a vida do homem, afirmou:
“Vocês são uns lixos! Entraram na casa do meu irmão, atiraram nele. Ele não é nem bandido, é um homem trabalhador que nunca fez mal a ninguém. Pode olhar com essa cara de safado que vocês são acostumados a fazer isso. Acostumado a tirar a vida de trabalhador.”
Ondas de violência estatal assolaram e assolam o país até os dias de hoje, mas numa forma “camuflada”, mascarada por discursos bonitos de um governo velho, ultrapassado e cada vez mais rejeitado pelo povo brasileiro. Para conter o proletariado, a violência policial é uma das formas mais utilizadas pelo amplo repertório de repressão estatal.