No dia 28/10, um sargento da Polícia Militar à paisana identificado como Damásio, agrediu a dona de um bar e sua amiga com socos após confusão em estabelecimento no município de Eirunepé, interior do Amazonas.
Segundo as testemunhas, a confusão teria se iniciado quando uma mulher que acompanhava o PM teria, sem qualquer motivo aparente, arremessado uma lata de bebida na dona do bar e em sua amiga, Marcilânia, que estavam cantando no karaokê. De acordo com relato da proprietária do local, não havia motivo para a agressão, então a mesma solicitou que os policiais se retirassem. O sargento então ficou alterado e se recusou a sair, quebrando garrafas de cerveja no local e arremessando contra as mulheres que estavam no bar.
Uma vez que a dona do bar resolveu encerrar o expediente mais cedo, com medo do escalonamento da violência, o PM, já do lado de fora do estabelecimento, se descontrolou novamente e iniciou uma série de agressões contra Marcilânia após a mesma questionar o motivo das agressões iniciais.
Os demais clientes saíram em defesa da mulher agredida, o que resultou em uma confusão generalizada na qual o policial ameaçou atirar em todo o grupo, de acordo com testemunhas.
Casos de violência policial são cada vez mais constantes
O caso ocorre em meio a um novo pico de registros de violência policial no estado do Amazonas. Casos ocorrem tanto durante operações oficiais quanto com os agentes policiais à paisana, como nesse caso. O AND já noticiou desde invasões ilegais a estabelecimentos e agressões a trabalhadores até atropelamentos, assassinatos e negação de prestação de socorro a trabalhadores e estudantes.
Diversos casos de agressão e assassinato contra mulheres perpetrados por policiais militares e civis já foram noticiados, o que expressa a odiosa covardia machista praticada rotineiramente pelas forças de repressão do velho Estado contra as mulheres do povo.