Em meio à farsa eleitoral no país, o prefeito reacionário de Manaus, David Almeida, em entrevista a um grupo jornalístico autointitulado como “Grupo dos 6” ou “G6”, tentou enganar o povo manauara ao afirmar que a cidade possui a melhor saúde básica do país, enquanto estudos apontam o contrário — Manaus não só não possui a melhor saúde básica do país, como também apresentou uma queda nesse setor.
Conforme estudos realizados pela Previne Brasil no primeiro quadrimestre de 2024, Manaus apresentou uma queda no Índice Sintético Final (ISF), que mede o desempenho dos municípios em sete de saúde para exames de Pré-natal (Seis consultas), Pré-natal (Sífilis e HIV), gestantes e saúde bucal, cobertura citopatológico (rastreamento de câncer), cobertura polio e penta, hipertensão e diabetes.
Faltou ao agente da burguesia David Almeida estudar a situação da capital, não só a cenário nacional, mas também o estadual; Manaus ocupa apenas a 37ª posição no ranking estadual, ficando atrás de 36 municípios do interior, como Manicoré e Urucurituba, ambos com índice 10,0. No ranking nacional, a capital amazonense fica atrás de 3.216 municípios.
Outro estudo importante realizado pelo Mapa da Igualdade, divulgado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), em março deste ano, revela que Manaus está entre as três piores capitais do Brasil em indicadores sociais. A expectativa de vida da cidade é de apenas 59 anos, uma das mais baixas do país.
Doenças relacionadas à falta de saneamento
A falta de saneamento básico em Manaus é outro ponto sempre levantado e falsificado pelo prefeito. Desde 2020, uma de suas principais promessas é a de melhorar a infraestrutura da cidade e, nesta nova onda de farsa eleitoral, ele afirma que poderá melhorar o saneamento básico no intervalo de apenas um ano, mesmo com a sua péssima gestão em quatro anos de mandato.
O resultado disso é a posição de Manaus em estudos acerca desse tema. Segundo o Instituto Trata Brasil, a cidade está entre os 20 piores municípios do país nesse quesito, com apenas 25,45% de cobertura de esgoto.
O tratamento de esgoto é ainda mais limitado, cobrindo apenas 21,58% da população. Essas condições precárias refletem diretamente na saúde da população, contribuindo em altas taxas de internação hospitalar por doenças relacionadas à falta de saneamento.