AM: Professor da UFAM faz apologia ao regime militar fascista em reunião de Conselho Universitário

O ato foi repudiado pelos demais docentes e estudantes imediatamente e posteriormente através de nota.
A representação da reitoria, por sua vez, escolheu permanecer em conveniente silêncio e até a data de publicação desta matéria, ainda não se manifestou publicamente sobre o incidente. Foto: Reprodução

AM: Professor da UFAM faz apologia ao regime militar fascista em reunião de Conselho Universitário

O ato foi repudiado pelos demais docentes e estudantes imediatamente e posteriormente através de nota.

No dia 04/12, um professor da Universidade Federal do Amazonas, durante a última reunião do Conselho Universitário do ano, pediu a palavra para realizar uma fala de apologia ao regime militar fascista de 64. O ato foi repudiado pelos demais docentes e estudantes imediatamente e posteriormente através de nota.

O professor, que foi identificado enquanto um docente que atualmente leciona no campus de Humaitá, com formação na área de agronomia, é também membro do Consuni e usou seu tempo de fala para afirmar que o Brasil deveria reconhecer avanços e conquistas da época do Regime.

Ainda durante a declaração, o homem recebeu vaias de docentes e estudantes que compunham o Conselho, exaltando os ânimos dos presentes. A representação da reitoria, por sua vez, escolheu permanecer em conveniente silêncio e até a data de publicação desta matéria, ainda não se manifestou publicamente sobre o incidente.

Em nota publicada no dia seguinte do evento, a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas – ADUA, afirmou que

“(…) a fala do professor referiu-se ao período ditatorial, implantado pelo golpe empresarial-militar a partir de 1º de abril de 1964, como se o Brasil devesse reconhecer algum avanço ou conquista oriundos dos tempos de sombra, de arbítrio, de tortura, de mortes, de censura, de perseguição política, de desaparecimentos, de suspensão do Estado Democrático de Direito e vigência de aberto terrorismo de Estado promovido pelo Estado de Exceção instalado pelo golpismo.”

Sobre o silêncio da Reitoria da UFAM no momento do ocorrido, a entidade sindical afirmou que “Não pode haver tolerância diante do arbítrio. Há silêncios que se configuram insuportáveis”. 

Importante ressaltar a diferença de atitude que a UFAM adotou com relação a apologia ao regime de extrema direita, em contraste com a imediata instauração de Procedimento Administrativo contra a professora de Direito, Caroline Nogueira, quando foi denunciada por auxiliar juridicamente os povos indígenas Mura contra a mineração imperialista em Autazes.

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