Comitê de Apoio ao AND – Manaus/AM
Professores da rede pública estadual do Amazonas deflagraram greve no dia 22/03, após semanas de intensas mobilizações e lutas. A greve veio a oficializar a paralisação que há dias já ocorria em mais de 330 escolas por todo o estado.
A deflagração, no entanto, ocorreu em dois momentos distintos. Pela manhã, mais de 5 mil professores reunidos em frente à assembleia realizaram ato como primeira atividade de greve, que foi deflagrada sob direção do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical, entidade fruto do rompimento das bases com a direção sindical chapa-branca), no dia 16/03. De tarde, sob convocatória do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), cerca de 2 mil professores impuseram derrota à direção sindical, chefiada pelo Pecedobê, aprovando greve de toda a categoria.
A resposta
No dia seguinte à deflagração da greve, o velho Estado respondeu buscando se aproveitar da aparente polarização na representação sindical, encaminhando à Justiça estadual ação liminar declarando ilegal a greve sob direção da Asprom-Sindical, que foi de pronto assinada pela desembargadora, Maria do Perpetuo Socorro Teles.
Em meio à campanha de desinformação sobre a legalidade da representatividade sindical dos professores, em meio à greve fortalece-se a posição da necessidade de uma luta constante por direitos e contra o oportunismo que se arvorou durante anos no movimento docente do estado.
Governador é repudiado por professores no interior
Durante ato de entrega de títulos definitivos de terra no município de Boa Cista do Ramos, professores receberam o governador do estado ao som de palavras de ordem denunciando o descaso com a educação e o desrespeito aos professores. Amazonino fala a verdade, educação nunca foi prioridade!, gritavam os professores.
Como resposta, o governador, do alto do palanque, tratou os professores como “coitados”, dizendo que os mesmos estão sendo manipulados, palavras essas que atiçaram mais ainda os professores presentes que continuaram a gritar as palavras de ordem.