AM: Professores denunciam privatização de plano de saúde

Professores da rede pública municipal de Manaus denunciam, nas últimas semanas, a tentativa da prefeitura da cidade de privatizar o plano de saúde dos servidores do município.
Professores denunciam privatização dos planos de saúde. Foto: Reprodução

AM: Professores denunciam privatização de plano de saúde

Professores da rede pública municipal de Manaus denunciam, nas últimas semanas, a tentativa da prefeitura da cidade de privatizar o plano de saúde dos servidores do município.

Professores da rede pública municipal de Manaus denunciam, nas últimas semanas, a tentativa da prefeitura da cidade de privatizar o plano de saúde dos servidores do município. Os professores prometeram mobilizações até a revogação dessa medida criminosa.

Os mais de 40 mil servidores municipais de Manaus e dependentes, tem, até então, usufruído de um sistema de convênio integrado, o Serviço de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Município de Manaus (Manausmed). O atual sistema garante um desconto de acordo com a faixa salarial do servidor, ou seja, quem ganha menos, paga menos. 

Essa realidade está mudando com o atual prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), se propondo a encontrar uma “empresa parceira” para fixar um novo plano de saúde exclusivo. Jornalistas e servidores denunciam, entretanto, que a licitação aberta pela prefeitura para a contratação dessa empresa é uma farsa, tendo sido a empresa Hapvida já escolhida com antecedência pelo prefeito da cidade e sendo favorecida no próprio edital.

Ressalta-se também que de acordo com o novo sistema privatizado os descontos serão de acordo com a faixa etária, precarizando ainda mais o acesso à saúde de servidores mais velhos.

Jornalistas investigativos apontam também que esse favorecimento se dá enquanto uma “troca de favores”, tendo sido a empresa de saúde privada uma das patrocinadoras do festival “#Sou Manaus Passo a Paço” em 2023, carro chefe de ganho de votos para a Prefeitura.

Professores tomam a frente na mobilização

Segundo o professor Lambert, dirigente do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus – ASPROM SINDICAL, a categoria irá realizar uma ato público na frente da sede da Câmara dos Vereadores de Manaus, na ocasião do dia do retorno dos trabalhos no órgão. Os docentes cobram uma audiência pública para confrontar a gestão de Almeida sobre essa jogada política e barrar a extinção da ManausMed.

Segundo os demais servidores, a privatização significará uma piora direta na qualidade do serviço e mais um passo rumo a precarização dos serviços mais básicos. Em circular publicado em redes sociais, aponta-se:

“A licitação: 1. Permite uma empresa privada de saúde usar a estrutura do município para facilitar a venda de planos mais caros para os servidores;
2. Vai impor concorrência a MANAUSMED, esvaziando sua carteira de usuários e atingindo financeiramente a manutenção do plano público;
3. Servirá de desculpas para a prefeitura deixar de investir na MANAUSMED, privatizando o serviço e passando a conta total para os servidores;
4. Deixará de amparar os servidores aposentados que são atendidos pela MANAUSMED em caso de extinção, tendo em vista que os planos privados não aceitam cadastrar aposentados;”

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