AM: Professores e administrativos prometem greve em defesa da Educação

Professores decidiram se mobilizar para greve após calote no FUNDEB em 2023, tentativa de privatização do plano de saúe, falta de regularização de progressões e falta de transparência.
Professores pedem pagamento do Fundeb, em Manaus. Foto: Jucélio Paiva/Rede Amazônica

AM: Professores e administrativos prometem greve em defesa da Educação

Professores decidiram se mobilizar para greve após calote no FUNDEB em 2023, tentativa de privatização do plano de saúe, falta de regularização de progressões e falta de transparência.

Após um calote do FUNDEB em 2023, falta de transparência, tentativa de privatização do plano de saúde e a não regularização das progressões, os professores e administrativos da Secretaria Municipal de Educação anunciaram, na última semana, uma mobilização em prol de uma greve unificada em defesa da categoria.

O anúncio da greve foi dado a partir de uma nota divulgada nas redes sociais. Nela, os professores explicam que busam se mobilizar para a greve, confrontar os ataques da prefeitura e cobrar investigações acerca dos desvios de verba no FUNDEB de 2023.

Para Luiz, um dos mobilizadores do movimento ouvido pelo correspondente do AND, “a categoria tem um sentimento de decepção com a falta de transparência e das promessas não cumpridas pela atual gestão”

No dia 20 de dezembro do ano passado, os trabalhadores já haviam realizado uma grande manifestação contra os covardes ataques da prefeitura contra os profissionais da Educação. A manifestação contou com cerca de 500 professores e denunciou a todo o povo os constantes ataques promovidos pela gestora da Secretaria de Educação e irmã do atual prefeito, Dulce Almeida.

Constantes ataques a categoria

No final de 2023, os trabalhadores em Educação vinculados à Prefeitura de Manaus através da SEMED foram surpreendidos com o não pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Segundo o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), não haveria saldo para o pagamento do Fundo aos profissionais:

“A prefeitura recebeu uma quantidade menor de recursos este ano em comparação ao ano anterior, o que não permitiu o pagamento do abono dos educadores”, disse o político.

A afirmação caiu por terra, entretanto, quando confrontada com os dados da própria Confederação Nacional dos Municípios que estima que o Fundeb de Manaus de 2023 está orçado em R$ 1,3 bilhão. O valor é R$ 74 milhões a mais que em 2022.

Outro recente golpe dos servidores municipais, aplicado pela gestão de Almeida, foi a tentativa de extinção do atual plano de saúde dos trabalhadores em prol de um convênio com uma empresa patrocinadora dos eventos do Governo Municipal.

Por fim, a revolta entre os trabalhadores se alastrou novamente com a publicação do recente Ofício nº 0215/2024, onde se confirmou cortes no reajuste salarial do ano de 2024, justamente em um momento onde a categoria está cobrando a regularização das progressões e promoções garantidas nos planos atuais.

Nesse documento, a prefeitura também anunciou cortes orçamentários de 10% em despesas como: materiais de consumo, expediente, higiene, limpeza, fornecimento de alimentação e vigilância. Em uma realidade de escolas completamente precarizadas em toda a cidade, esse tipo de corte representa um crime contra o povo manauara.

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