No dia 29/05, trabalhadores em greve da rede estadual de educação do Amazonas realizaram um protesto em frente à sede do governo do estado. A manifestação bloqueou vias e exigiu o cumprimento das demandas da greve de mais de 10 dias empreendida pelos merendeiros, professores, vigias, profissionais de serviços gerais, pedagogos e servidores administrativos da educação amazonense.
O protesto foi iniciado às 9h da manhã em frente à sede do Governo do Estado. Durante a manifestação, os trabalhadores bloquearam a Av. Brasil, na zona oeste de Manaus, e ergueram faixas pelo reajuste salarial de 25%.
A greve dos profissionais da educação de Manaus foi iniciada no dia 17/05, atingindo já seu 12° dia de duração. Além dos 25% de reajuste salarial, os trabalhadores demandam revisão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração, manutenção do plano de saúde e sua extensão aos aposentados e reajuste nos valores do vale-alimentação e auxílio localidade. A greve mobilizou profissionais de ao menos 52 dos 62 municípios do estado.
Até o momento, o governo reacionário de Manaus se negou a atender quaisquer demandas dos trabalhadores e promoveu campanhas de criminalização e desmobilização da greve. No dia 23/05, a “justiça” amazonense declarou a greve ilegal. Ao mesmo tempo, o governo do Estado passou a descontar o pagamento dos profissionais em greve e afirmou que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) passaria a receber multas diárias no valor de R$ 30 mil.
Os profissionais da educação não se intimidaram e organizaram em resposta um protesto no dia seguinte à decisão antigreve, no dia 24/05. Passados seis dias desde a criminalização, a mobilização segue a não mostrar sinais de arrefecimento. Nesse tempo, os profissionais derrotaram também a proposta do governo de reajustar o salário em 8%, valor 17% abaixo do exigido pela greve. Ao que tudo indica, a greve da educação amazonense seguirá firme até a conquista plena dos direitos reivindicados pelos trabalhadores.