Comitê de Apoio ao AND – Manaus/AM
Motoristas dos transportes coletivo e alternativo da cidade de Manaus paralisaram suas atividades por todo o período da manhã, no dia 28/02. Os motoristas do transporte coletivo exigem melhores condições de trabalho e aumento no salário, há dois anos congelado, enquanto os do transporte alternativo exigem um novo edital por parte da prefeitura, já que o último retirou o trabalho de boa parte da categoria.
O principal foco da paralisação ocorreu na avenida Brasil, no bairro da Compensa, onde motoristas de transporte alternativo chegaram a erguer uma barricada. Outro ponto de concentração foi na avenida Constantino Nery, no bairro São Geraldo.
Os motoristas do transporte coletivo realizaram a sexta paralisação do ano. “Há funcionários pagando em folha por questões de responsabilidade das empresas”, afirmou o presidente do sindicato. Ele se refere à prática das empresas de cobrar dos trabalhadores os eventuais danos que ocorre ao veículo ou a possíveis assaltos.
Paralisação dos rodoviários – Avenida Constantino Nery
Já os motoristas do transporte alternativo reclamam o direito ao trabalho e exigem novo edital para o transporte alternativo na cidade. “Estamos desde 2014 sem trabalhar. Muitos têm que sobreviver fazendo bico”, denunciou o manifestante.
Barricada motoristas do transporte alternativo – Avenida Brasil
Apesar de toda a campanha de desmoralização perpetrada pelo monopólio de imprensa, as massas reconhecem a justeza da manifestação. “Quem sempre paga o pato é a população. Cadê o prefeito que não dá uma basta nisso? Os trabalhadores estão certos com a revolta”, afirmou o técnico de enfermagem, Camilo da silva, 23 anos.
O transporte alternativo é a frota de micro-ônibus que realiza transporte legal com trechos estabelecidos nas zonas Norte e Leste da cidade, as mais populosas e as que mais sofrem com o transporte coletivo. Tem sua origem na década de 90 com as antigas vãs-lotação que realizam o transporte de pessoas nas mesmas zonas.