Manifestantes queimam pneus em protesto contra caos na saúde de Macapá. Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica
No dia 2 de janeiro, usuários realizaram mais um ato em frente ao Hospital de Emergência de Macapá contra a demora na realização de cirurgias ortopédicas. Em alguns casos a demora dura mais de três meses. Os trabalhadores, apesar de adoecidos, decidiram interditar a via completamente e apenas a passagem de ambulâncias era liberada.
Já em abril de 2019 ocorreu protesto semelhante onde os trabalhadores denunciaram falta de medicamentos, demora para realização de cirurgias e falta de manutenção nos equipamentos, enquanto os trabalhadores do hospital denunciaram precárias condições de trabalho, conforme noticiou o AND.
Em novembro de 2019 trabalhadores terceirizados da saúde realizaram um protesto contra a falta de salários. A maioria está há quatro meses sem receber. O Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação do Amapá denuncia que a dívida com salários é cerca de R$ 3 milhões. Cansados de promessas do velho Estado, os trabalhadores montaram barricadas com pedaços de madeira e queima de pneus na avenida FAB, umas das principais de Macapá.
O trabalhador Anderson Pinho denuncia que a equipe de socorristas e maqueiros trabalha em precárias condições. “O Estado não dá nenhum suporte para o funcionário principalmente para o socorrista e maqueiro. A gente está com 4 meses com salário atrasado, a gente está trabalhando para trabalhar”, afirmou.
Um dos dirigentes sindicais, Júnior Leitão, denuncia que o ato é uma resposta contra a falta de previsão para pagamentos dos salários. “A gente vem acompanhando esse pagamento toda semana, sem nenhuma previsão. Sempre falam que vão pagar na sexta-feira e nunca cumprem. Chegou ao ponto que o trabalhador jogou a toalha”.