O Serviço Secreto ianque não revistou a área de onde o atirador Thomas Matthews Crooks disparou contra o ex-presidente e candidato à presidência, Donald Trump, no dia 13 de julho. A informação é de uma fonte do jornal monopolista norte-americano CNN. Segundo o informante, a área era de responsabilidade da polícia local, mas a Polícia Estadual da Pensilvânia desmentiu a informação e negou a incumbência. A Polícia do Condado de Butler ainda não se pronunciou.
A fonte da CNN disse que policiais tinham que estar posicionados na área de onde Crooks atirou, e uma de duas equipes de franco atiradores da polícia deveriam cobrir o mesmo telhado.
Antes, o serviço secreto já havia afirmado que o prédio estava fora do perímetro desenhado pela força para o comício, o que abre questões sobre a veracidade da informação ou, ao menos, sobre a eficácia do perímetro definido pelos agentes.
O entrevero de informações serve para dar mais peso à hipótese de que houve falhas de segurança na proteção a Trump, e que isso é uma das pontas soltas da investigação do ataque contra o candidato ultrarreacionário. O secretário de segurança interna, Alejandro Mayorkas, afirmou hoje que as polícias e o serviço secreto falharam. “Uma linha de visão direta como essa para o ex-presidente não deveria ocorrer. É exatamente por isso que o presidente Biden ordenou que ocorresse uma revisão independente”.
Segue em aberto a questão de como o atirador conseguiu ultrapassar as fronteiras do serviço secreto, FBI, polícia estadual e do condado e subir no telhado de um prédio a menos de 140 metros de Trump munido de um fuzil semi automático AR-15.
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Ao mesmo tempo, as movimentações dos políticos reacionários e ultrarreacionários ianques seguem, tanto na agremiação “Democrata” quanto Republicana. Trump participou hoje do primeiro dia da Convenção Republicana, onde foi oficializado como candidato e anunciou J.D. Vance como vice-presidente. Biden está tentando evitar o desgaste eleitoral com o discurso de “solidariedade” ao opositor e “redução das tensões políticas” no país; mas a crise política segue a avançar, rumo a níveis sem precedentes.