Bolsonaro e Macri brindam enquanto aplicam medidas antioperárias em seus respectivos países. Foto: Juan Mabromata/AFP
A crise do capitalismo burocrático brasileiro tende a aprofundar diante da crise na Argentina. A indústria montadora automobilística instalada no Brasil deve sofrer uma dura baixa, deixando de exportar pelo menos 240 mil veículos só neste ano, segundo estimativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). As consequências para o Brasil podem ser férias coletivas ou demissões em massa para os operários do setor.
Na Argentina, foram vendidos apenas 36,7 mil unidades, menos da metade da quantidade vendida no mesmo período do ano passado (83,2 mil veículos). A Argentina é um dos maiores importadores de automóveis montados no Brasil.
Especialistas preveem que os monopólios da indústria devem colocar a massa de trabalhadores em férias coletivas ou o chamado lay off, que é quando o operário é afastado por um determinado período, mas à disposição da empresa.
Essa medida, lay off foi aplicada pelo monopólio imperialista Volkswagen, afastando uma parcela dos operários por 20 dias, em Taubaté, em São Paulo.
A própria Nissan abortou um plano que alargaria a produção e criaria um terceiro turno de trabalho na fábrica de Resende, no Rio de Janeiro, processo que ocorreria em 2020. Cerca de 80% da produção deste monopólio destina-se ao mercado argentino.