Argentina: Grande marcha exige justiça para jovem morto pela polícia

Argentina: Grande marcha exige justiça para jovem morto pela polícia


Marcha em La Plata em rechaço ao sequestro e assassinato do jovem Facundo Castro pela polícia. Foto: Télam.

No dia 3 de setembro, uma multidão marchou no centro de Buenos Aires para exigir justiça no caso da morte de Facundo Astudillo Castro, desaparecido desde abril após uma detenção policial, cujos restos mortais foram encontrados em 15 de agosto. Também houve manifestações em La Plata.

A mobilização começou no congresso argentina, onde os manifestantes se reuniram por volta das 15h30, e marcharam até a Plaza de Mayo, reunindo jovens, ativistas, famílias, manifestantes, entre outros.

Pichações contra o ministro da segurança de Buenos Aires também foram feitas, como Aparição de Berni sem vida! e Morte à Berni, assim como em rechaço ao velho estado e em homenagem à Facundo.

Enquanto isso, em La Plata, parentes de vítimas mortas pela polícia e ativistas também marcharam no centro da cidade em protesto ao brutal assassinato do jovem.

“Agora sabemos que Facundo foi assassinado, que ele não estava perdido”, disse um membro do coletivo que organizara o protesto. Ele assegurou que “durante esses meses houve operações para encobrir seu assassinato” e enfatizou que “a polícia, os promotores e o próprio governo da província queriam estabelecer que ele estava perdido e não que havia sido sequestrado e morto pela polícia”.

A coluna de centenas de pessoas levantava bandeiras e cartazes denunciando que “O Estado é responsável” pela morte de Facundo.

O sequestro e assassinato de Facundo

O desaparecimento de Facundo Astudillo Castro é o caso que investiga o desaparecimento do jovem argentino de 23 anos depois que ele fora detido pela Polícia da Província de Buenos Aires, em 30 de abril de 2020, por “quebrar” a quarentena estabelecida pela pandemia da Covid-19. A última fotografia conhecida do jovem mostra-o detido pela polícia na frente de uma viatura de placa RO 23360.

Por volta das 13h, já detido pelos policiais, o jovem ligou para sua mãe, dizendo: “Mãe, você não tem ideia de onde eu estou, você nunca mais me verá”.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
Agora, mais do que nunca, AND precisa do seu apoio. Assine o nosso Catarse, de acordo com sua possibilidade, e receba em troca recompensas e vantagens exclusivas.

Quero apoiar mensalmente!

Temas relacionados:

Matérias recentes: