Argentina: Greve Geral e manifestações repudiam contrarreformas

Argentina: Greve Geral e manifestações repudiam contrarreformas

Foto: Eitan Abramovich/AFP

Uma Greve Geral convocada contra os ataques à previdência promovidos pelo gerenciamento antipovo de Maurício Macri paralisam desde 18/12 os transportes e o comércio na Argentina.
Também nesta segunda-feira (18), massivas manifestações sacudiram as ruas de Buenos Aires e a praça do Congresso, registrando confrontos com as forças de repressão do velho Estado.

Os enfrentamentos duraram pelo menos 4 horas. Em resposta aos violentos ataques dos batalhões policiais que atiraram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os trabalhadores, manifestantes lançavam pedras, garrafas e rojões.

Desde o dia 14 de dezembro, quando um combativo protesto forçou o congresso a suspender a votação da contrarreforma, milhares de pessoas tem tomado as ruas da capital contra o corte de direitos.


Foto: Eitan Abramovich/AFP

Manobras para aprovar ataques

Como manobra para aprovar a contrarreforma na madrugada de (19/12), o reacionário Macri fez um acordão com seus “opositores” – “pacto fiscal” assinado com 23 das 24 províncias do país – por meio do qual promete dividir entre os participantes o butim arrecadado com os ataques aos direitos do povo.

Dentre os ataques contra os direitos previdenciários contidos no pacote, estão as alterações nos cálculos das aposentadorias, pensões e da Quota Universal por Filho. Dos quais um ponto importante é o que altera a “fórmula de mobilidade”, medida que estabelece os aumentos periódicos aplicados aos salários considerando a situação inflacionária do país.

Atualmente esta fórmula beneficia mais de 17 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários de programas familiares.  Além disso, de acordo com a “reforma”, o reajuste dos benefícios deixará de ser semestral e passará a ser aplicado a cada trimestre, fazendo com que a compensação de aproximadamente 12% prevista para março de 2018 caia para 5,7%.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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