Milhares se manifestam contra a crise e o desemprego em Buenos Aires, no dia 18 de agosto. Foto: Demian Alday Estevez
Milhares de manifestantes marcharam em Buenos Aires, capital da Argentina, no dia 18 de agosto exigindo a criação de postos de trabalho e rechaçando a imposição de medidas anti-povo pelo governo de turno oportunista de Alberto Fernández. As massas de trabalhadores organizaram passeatas que tomaram as principais avenidas da cidade, como a avenida 9 de julho. Durante o percurso, ergueram barricadas de pneus em chamas.
O protesto terminou no Ministério do Desenvolvimento Social, no centro da cidade de Buenos Aires. Durante a marcha,os manifestantes rechaçaram o papel conciliatório dos “programas sociais” do governo, ao invés de empregos e salários dignos. As massas relatam que os salários se encontram abaixo da linha da pobreza, que as pensões dadas pelo velho Estado são de miséria, e que os programas sociais não cobrem nem o valor da cesta básica.
Além disso, os trabalhadores em luta se mostraram desacreditados de que a mudança do ministro de desenvolvimento social vá mudar alguma coisa.
Massas lutam diante da crise
As massas continuaram a ser golpeadas durante o período da pandemia, junto da crise do capitalismo burocrático. Nesse meio tempo, trocou-se o governo de turno para o de Alberto Fernández, que é hoje quem aplica as medidas econômicas e repressivas pelas quais o povo padece.
A Argentina registrou uma inflação anual de 51,8% em julho passado e a taxa de desemprego subiu de 8,9% no mesmo período do ano de 2019 para 11% no quarto trimestre de 2020. A pobreza aumentou para 42%, de quase 45.8 milhões de pessoas, ou seja, cerca de 19.2 milhões de pessoas. A economia sofreu a segunda queda mais profunda desde 2001 – de 9,9% – no ano passado, acumulando três anos em recessão.