Foto: Natacha Pisarenko/AP.
Na última quinta-feira, 14 de dezembro, milhares de manifestantes em fúria tomaram as ruas de Buenos Aires, capital da Argentina, contra a “reforma” da Previdência da gerência federal do reacionário Maurício Macri. As manifestações tomaram proporções radicalizadas e a votação teve que ser suspendida, pois os inimigos do povo temiam que a situação saísse do controle das forças de repressão.
Segundo o monopólio da imprensa argentina, cerca de 900 policiais formaram o esquema de “segurança” nas proximidades do congresso, mas nada que intimidasse a rebelião popular. A Polícia Federal teve que ser acionada.
Em resposta às bombas, balas de borracha e jatos d’água da polícia, manifestantes atiraram pedras e objetos, também com o uso de estilingues, nos agentes da Gendarmeria (Guarda Nacional) e em alguns deputados. Alguns políticos tiveram que receber atendimento médico por inalar o gás lacrimogêneo que seus “seguranças” lançaram contra o povo.
Entre as medidas antipovo contidas no pacote, umas das principais são as mudanças propostas pelo texto que altera a “fórmula de mobilidade”, que atualmente beneficia mais de 17 milhões de aposentados, pensionistas e beneficiários de programas familiares. Em vez do ajuste semestral, calculado com base em 50% da evolução dos salários e 50% da arrecadação, tal “reforma” propõe ajustes de 70% pela variação da inflação e 30% pela variação do RIPTE, um indicador do Ministério do Trabalho que mede a evolução dos salários do funcionalismo público.
Foto acima: Natacha Pisarenko/AP.