Bashar Al-Assad, presidente sírio, deixou o próprio país no dia 8 de dezembro, após a tomada de parte significativa de Damasco pelos mercenários apoiados pelo imperialismo ianque que lançaram uma ofensiva na Síria no dia 27 de novembro.
A ofensiva engolfou o país rapidamente. A primeira cidade importante a ser tomada foi Aleppo, segunda maior cidade da Síria, a noroeste. Depois, Hama, ao centro, foi invadida, pouco antes de Daraa, no sul.
Próximo a Damasco, os mercenários financiados pelos EUA tomaram a cidade de Homs depois das forças de repressão sírias abandonarem a cidade. Na madrugada do dia 8/12, eles invadiram Damasco.
EUA e Israel atacam Síria
O presidente ianque Joseph Biden disse que a queda de Assad foi um “ato fundamental de justiça” e um “momento de oportunidade histórica”. O imperialista também reivindicou dezenas de ataques aéreos ianques na Síria, supostamente contra o Estado Islâmico (EI).
Imediatamente depois da fuga de Assad para Moscou, o Estado sionista de Israel atacou vários pontos na Síria. Depósitos e postos militares nas províncias de Latakia, Tartus, Tal al-Hara e Izraa. O Centro de Pesquisa Científica, na praça de segurança de Damasco, também foi atingido, junto do bairro de Mezzeh.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro sionista Benjamin Netanyahu afirmou que o acordo fronteiriço entre Israel e Síria “colapsou” e autoridades do Estado isralense anunciaram a tomada de controle da região que era protegida pelo acordo. O acordo, firmado em 1974, estabelecia uma zona de tampão desmilitarizada entre Israel e Síria.
Interesses
Netanyahu também afirmou que “este é um dia histórico na história do Oriente Médio. O regime de Assad é um elo central no eixo do mal do Irã — este regime caiu” e que “a queda de Assad é resultado de nossos esforços contra o Hezbollah e Irã”, forças que, segundo Netanyahu, são os principais apoiadores de Assad.
A afirmação de Netanyahu mostra como o sionismo está interessado na “insurgência” mercenária que ocorreu na Síria. Mais concretamente, os ataques israelenses também evidenciam como o levante apoiado pelo imperialismo norte-americano favoreceu os interesses israelenses na região.