A morte de um tenente da reserva da Polícia Militar (PM) de Rondônia, ocorrida na tarde do dia 3 de outubro, desencadeou toda sanha da sanguinária da PM de Rondônia que passou a atacar os camponeses do Acampamento Tiago dos Santos e da área Dois Amigos, na região do distrito de União Bandeirantes, em Porto Velho.
As notícias ainda desencontradas dão conta que o oficial da reserva que foi assassinado estaria pescando em uma fazenda, quando foi atacado por um grupo armado, feito refém, torturado e executado. Outras notícias afirmam que outras pessoas estariam com o policial morto e foram “liberados”. Outras informações da imprensa reacionária é a de que esses foram feridos.
Notícias confusas que visam criminalizar os camponeses.
Uma das notícias diz que o policial executado estaria pescando em “uma fazenda na BR-364, cerca de 20 quilômetros após o distrito de Nova Mutum Paraná, em Porto Velho (RO)”.
Ora, a área ocupada pelas famílias do acampamento Tiago é outra. Contudo, a imprensa reacionária (jornal Rondoniagora), já tratou de semear a mentira de que seriam “posseiros armados da LCP” que “teriam arrombado um carro e pegado os documentos das vítimas”. A notícia falaciosa segue dizendo que “o grupo de policiais foi torturado” e “o veículo que estavam foi queimado”. Não se sabe ao certo o que o grupo de policiais estavam fazendo lá. Seria mesmo pescando? O crime tem alguma relação com eventual queima de arquivos?
Outras notícias apontam que um outro policial, sargento da força tática da PM foi “encontrado morto dentro do matagal” e teria composto um grupo que foi atender a ocorrência do assassinato do tenente. Ainda segundo a imprensa do latifúndio “informações extra oficiais dão conta que há uma policial perdida no matagal e um outro PM baleado na mão”. Não se sabe ao certo o local onde ocorreu a execução do oficial da reserva e onde ocorreu o suposto enfrentamento com camponeses que deixou outro policial morto e outros feridos.
O fato é que, conforme informações de apoiadores das áreas e advogados, há uma forte movimentação da PM, ainda na noite deste sábado, 03/10, para a área que objetivam atacar os camponeses. Os camponeses das áreas afirmam que não tem qualquer envolvimento com o incidente que vitimou o policial da reserva e que estão abertos ao diálogo, conforme relato feito por advogados que tem acompanhado o caso.
É importante que as organizações democráticas e que apoiam a justa luta pela terra organizem uma campanha nacional uma vez que há um processo crescente de criminalização de diversas áreas camponesas em diversas regiões do Estado de Rondônia.