Ataques a hospitais palestinos revelam modus operandi de Israel e aniquilam sistema de saúde em Gaza

Após uma incursão macabra, digna de tropas do Exército Nazista ou da Schutzstaffel (SS), militares sionistas ainda estão nas dependências do Hospital al-Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza.
Sionistas operam dentro do Hospital Al-Shifa. Foto: AFP

Ataques a hospitais palestinos revelam modus operandi de Israel e aniquilam sistema de saúde em Gaza

Após uma incursão macabra, digna de tropas do Exército Nazista ou da Schutzstaffel (SS), militares sionistas ainda estão nas dependências do Hospital al-Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza.

Após uma incursão macabra, digna de tropas do Exército Nazista ou da Schutzstaffel (SS), militares sionistas ainda estão nas dependências do Hospital al-Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza. A ocupação do hospital, que era sede para pacientes (dentre eles, bebês prematuros) e milhares de desabrigados, ocorreu no curso dos dias 14 a 15 de novembro, e entrou para a lista dos diversos bárbaros crimes de guerra cometidos pelos sionistas contra o povo palestino desde o dia 7 de outubro. 

A operação seguiu desde o início o modus operandi dos sionistas: espalhar mentiras sem fundamentação que corroborem a operação de guerra para, logo em seguida, conduzir a ação e fabricar provas para sustentar a calúnia inicial. A estratégia é uma desesperada tentativa de punir todos os palestinos de forma indiscriminada, além de justificar as operações terrestres que têm sido derrotadas (a Resistência Nacional já destruiu mais de 300 blindados que se atreveram a adentrar Gaza).

Antes de invadir, o Estado sionista de Israel alegou repetidas vezes, sem apresentar provas, que o hospital era uma base do grupo patriótico palestino Hamas. A mentira foi corroborada pelo Estados Unidos (USA), que afirmou que recebeu informações de inteligência que o Hamas tinha um centro de comando sob o hospital. Nenhuma das informações pôde ser verificada por jornalistas independentes ou até mesmo pelos monopólios de imprensa. Depois da operação, o Exército sionista publicou vídeos dos materiais “apreendidos” no hospital, mas teve que apagar e republicar o material com “borrões” na imagens porque a filmagem original mostrava símbolos israelenses nos equipamentos capturados.

https://youtu.be/pU2tZ0ZixFQ
Assista o episódio do Plantão Palestina, do Programa A Propósito de AND, acerca da operação contra o Hospital Al-Shifa

A Resistência Nacional Palestina condenou de forma avassaladora os sionistas e seus senhores ianques. “[Os] cenários falsos, versões fabricadas e informações distorcidas sobre o Complexo Médico Al-Shifa [fazem] parte de uma campanha contínua de incitamento e mentiras que tem sido promovida há anos”. E concluiu: “Será que alguns rifles, junto com um uniforme militar e um sapato, trazidos pela ocupação para a sala de ressonância magnética onde médicos e especialistas em radiologia trabalham 24 horas por dia, constituem uma sala de operações, um centro de comando e controle das Brigadas Al-Qassam, que estão bombardeando a ocupação a cada minuto e hora em toda a extensão da Faixa de Gaza?!”.

Mentirosos e assassinos

Esse mesmo modus operandi do sionismo foi usado no caso do Hospital Batista, bombardeado por um míssil de Israel (presenteado pelos ianques) que assassinou ao menos 500 palestinos. Na ocasião, Israel também fabricou provas. A mais famosa delas, um áudio chulo em árabe com sotaque israelense no qual “membros” da Jihad Islâmica Palestina – provavelmente algum agente miliar do Exército sionista – admitem que o míssil teria partido de Gaza. A artimanha logo foi desmentida por diversas apurações, e a acusação que o míssil teria partido de Gaza foi desmontada por remontagens de câmeras e análises 3D do terreno. 

Já nessa semana, o Exército sionista postou um vídeo em que um soldado mostrava uma lista, encontrada em um hospital infantil, que supostamente continha o nome dos integrantes do Hamas que operavam na instituição. Não tardou para que jornalistas e internautas condenassem os sionistas pela mentira escabrosa, uma vez que a lista era, na verdade, um calendário em árabe. 

Estratégia de guerra

Os crimes de guerra de Israel são injustificáveis, e devem ser contundentemente condenados como são: estratégia de guerra, deliberadamente usada como punição a todos os palestinos através do genocídio do máximo de palestinos, o qual concorre também a imposição de uma crise humanitária sem precedentes.

Atualmente, Gaza está sob uma gravíssima crise sanitária imposta diretamente pelos continuadores dos nazistas. Em Al-Shifa, um jornalista do Al Za’anoun relatou que as pessoas “estão morrendo de fome, não há comida nem água potável, mal conseguimos água da torneira durante uma hora por dia. A cena é horrível, o cheiro dos mortos é insuportável, a maioria dos corpos são de mulheres e crianças”. Ele acrescentou ainda que dezenas de cadáveres foram enterrados em uma vala comum no pátio do complexo hospitalar. 

Apenas um dos 24 hospitais do Norte de Gaza está operacional e recebe pacientes. Outros cinco só podem prestar cuidados limitados aos pacientes internados. O Hospital Civil Al-Ahli, o mesmo que foi bombardeado pelo míssil sionista em outubro, está também sitiado por tropas sionistas, e os médicos e pacientes temem os efeitos de uma incursão. No Hospital Indonésio, os profissionais foram obrigados a interromper todas as operações pela falta de suprimentos e energia. Antes de interromper as operações, o hospital se encontrava em estado de superlotação, com cerca de 500 pacientes com necessidades de cuidados. A capacidade do hospital foi montada para atender 140 pessoas, no máximo.

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