Ramzy Baroud
7 de outubro mudou fundamentalmente compreensão do que Israel é (um Estado pária), do que pode fazer (um genocídio) e do que é capaz de fazer para derrotar os árabes (absolutamente nada).
Cabe aos governos africanos assumir uma posição firme para que Israel interrompa sua prática de usar africanos para matar e morrer em Gaza.
Os novos planos de Israel não conseguirão alcançar o que os planos originais não conseguiram, simplesmente porque Israel continua a enfrentar o mesmo obstáculo: a firmeza do povo palestino.
A pressa de Ben-Gvir em cumprir a agenda sionista religiosa contradiz a forma tradicional do colonialismo israelense, baseada no “genocídio incremental” dos palestinos e na lenta limpeza étnica das comunidades palestinas de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia.
Considerando o grau criminoso ao qual Israel está disposto a chegar, esse desespero pode acabar levando à guerra regional que Israel vem tentando instigar, mesmo antes da guerra de Gaza.
Israel não escreverá as últimas palavras de nossa própria história, porque não é mais a entidade que molda nossa própria história, controla nosso idioma e determina o destino de nosso povo. Os filhos e filhas dos fellahin, os camponeses do passado, os refugiados de hoje, são “adultos” e estão revidando.
Reproduzimos um importante artigo de Ramzy Baroud, escritor estadunidense-palestino, Editor do Palestinian Chronicle, sobre a Batalha de Shejaiya, atualmente em curso em Gaza.